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Depois da Chuva

SINOPSE:


era uma garota nada popular no colégio, porém conseguia manter uma vida social muito boa. Era inteligente e amigável. Ela tinha conseguido uma bolsa de estudos em uma faculdade em Nova York para cursar Jornalismo e iria se mudar para lá a poucos dias, o único problema é que ficava a mais ou menos seis horas e dez minutos de sua casa - isso indo de avião - ou seja, seis horas e dez minutos longe de sua família e de sua melhor amiga .
Você também era o tipo de pessoa que não conseguia mais acreditar que o amor existia, mesmo sua melhor amiga estando namorando com e isso tudo era culpa de um babaca de sua antiga escola. Gabriel. Urgh que cara idiota! Mas o que não sabia, é que na sua faculdade ela encontraria o amor de sua vida!

Acompanhe também essa história.

Genero: Romance Classificação: +13 Recomendações: Provavelmente linguagem imprópria.



Capitulo 1 - The Begin



Era o dia! É hoje! Eu não acredito que é hoje! Nossa, estou tão emocionada, estou muito contente e triste ao mesmo tempo. São tantas emoções.

-Flashback Onn-

Era Primavera e eu estava no jardim de casa, era um jardim muito grande e florido. Estava lá sentada na grama enquanto lia Romeu & Julieta. Era dia do carteiro passar e fazia duas semanas que eu o estava esperando, tinha me inscrito a algumas faculdades nas quais não passei, esta era minha última chance e ficava a seis horas e dez minutos de minha casa. Minha melhor amiga também tinha se inscrito em algumas faculdades, ela queria cursar letras, queria ser professora. E por favor, não me perguntem o porque. Ela continuaria perto de casa, na verdade sua faculdade ficava a pelo menos uma hora e meia de casa. Seu namorado iria cursar Engenharia, coincidência ou não, na mesma faculdade. Se eu fosse aceita nesta faculdade iria ficar longe deles, mas se fosse aceita eu teria de ir. Eles iriam entender.


Não fazia uma hora e meia que eu estava ali, lendo, quando o carteiro chega. Saio correndo para o portão.

-Olá. -Digo ao carteiro.
-Aqui esta sua correspondência, senhorita. -Respondeu educadamente.
-Obrigada. -Agradeço pegando as três cartas que ele me dera. Vou andando em direção a casa enquanto lia o remetente de ambas.
Meu coração dispara ao ver a carta da faculdade.
Entro correndo em casa.
-Mãe! -Grito. -Correspondência! -Grito novamente, e então ouço os passos na escada.
-Alguma da faculdade? -Ela pergunta quando chega perto de mim.
Eu balanço a cabeça em concordância.
-Abra logo, então. -Ela disse.
-Não tenho coragem, mãe. -Digo nervosa. -Essa é minha última chance, se não passar eu nem sei o que... -Fui interrompida por minhas lágrimas que escaparam de meus olhos.
-Não, não, não, filha. Não diga isso. Olhe, abra esta carta e vamos ver o resultado. -Ela disse compreensiva enquanto me abraçava.
Passei a mão nos olhos para secar as lágrimas e abri a carta.


'' Querida .
Gostaríamos de informa-la que você foi aprovada em nossa faculdade, ganhando assim uma bolsa integral. Por favor, compareça no endereço do remetente no dia 1º de Fevereiro.
Atenciosamente: Rodolfo.''


Sério? Oh My Gosh, é emoção de mais. Caramba! Caramba! Carambaa! Eu consegui, eu passei, eu vou cursar Jornalismo!
Olhei para minha mãe com um sorriso imenso no rosto, ela havia lido a carta também e um sorriso também apareceu em sua face. Comemoramos juntas e então meu irmão apareceu.
-O que vocês estão fazendo? - Disse sendo lindo. Ele era meu irmão mais novo.
-Eu passei! -Gritei feliz da vida!
Nós comemoramos, e depois que meu pai chegou do trabalho, comemoramos mais. Liguei para e ela veio até minha casa. Foi um dia inesquecível e que mudaria toda minha vida daqui para frente.



- Flashback Off

E hoje acordei as seis e meia para pegar um vôo e ir para Nova York. Vesti uma roupa que havia separado para hoje, desci até a cozinha e vi que meus pais e meu irmão já estavam acordados. -Bom Dia! -Disse quase em uma melodia. -Bom Dia! -Eles disseram. -Fiz seu café, tome. -Disse minha mãe, me sentei a mesa junto com eles e tomei um café preto com torrada. Logo depois subi e escovei meus dentes, minhas malas já estavam lá em baixo, na sala. Dei uma última olhada em meu quarto para despedir-me pois só iria voltar para casa daqui a algum tempo. Meus pais conseguiram comprar um apartamento para mim, iria morar sózinha pela primeira vez em minha vida. Já era maior de idade e poderia cuidar bem de mim. Quando desci meus pais estavam colocando as malas dentro do carro. Depois de alguns minutos entramos no carro.
A viagem seguiu com meus pais dando-me conselhos sobre como é morar sozinha, de como eu deveria me portar e cuidar de mim pois eles não estariam lá para isso. -Vocês nem imaginam quanto eu ouvi disso desde que fui aceita na faculdade. -E não quero saber de você voltando para a casa no final do ano com um namorado. -Disse meu pai sério. -Há, pode ter certeza de que isso não vai acontecer. Fica tranquilo. -Disse. Desde que deletei Gabriel da minha vida não quero mais saber de garoto por um bom tempo... Ah, pois é. Esqueci que vocês não sabem nada sobre ele. Bom, não que eu queira falar deste assunto, mas é necessário, então vai lá.

-Pensamento Onn

Quando eu tinha uns quatorze anos de idade me apaixonei por um garoto. Seu nome era Gabriel, ele era um ano mais velho que eu e tinhamos nos falado apenas uma vez - É, pois é- acontece que eu gostava dele mas sabia que ele nem devia lembrar que eu existia. Até ele me adicionar no Facebook. Eu não o aceitei assim que eu vi que ele estava em minhas ''solicitações de amizade'', claro que não. Até porque eu tinha enviado convite para ele uma vez e ficou lá por mais um menos uma semana sem ele responder meu pedido de amizade, sendo assim eu 'exclui' meu pedido. Uns dois meses depois lá estava ele. Uns dois dias depois de ver eu aceitei. "Oi" Ele me enviou no Chat assim que eu o aceitei.
"Oi" respondi.
"Posso te perguntar uma coisa?" ele perguntou me fazendo congelar e logo em seguida tremer, em frente a tela do computador.
"Pode" Digitei
"Você está afim de mim?" ele perguntou, super direto.
"What? O que? Não, que isso '-'" Digitei ainda tremendo.
"Sério? Nossa, desculpa. É que me disseram e ficaram me enchendo o saco com isso. Então decidi tirar essa história a limpo. Desculpa. Sérião!" Ai que lindo esse jeito dele de falar - Ok, eu era uma boba apaixonada, eu sei, eu sei.
"Ata, ok.. Tudo bem. Posso saber quem te falou?" -Digitei parando de tremer.
"Foi o Guto" Ele escreveu. Quem é esse? Eu nunca vi na vida.
"Quem? Guto?"
"É... O Guto, porquê?"
"Quem é esse?"
"É um amigo meu... Sério que tu não o conhece?"
"Sério, nossa. '-' "
"Bom, então ta.. Vou ter que sair agora, nos falamos depois"
"Ta, ok. Até depois" Digitei.
Ele saiu do Chat e eu também fechei meu Facebook. Fechei achando que iriamos continuar nos falando, que ele era um cara legal. E realmente era, nós quase, q/u/a/s/e namoramos, nos falávamos muito mais pela internet, claro. Mas quase chegamos a namorar, até ele fazer o que fez.



Capitulo 2 - Segredo


Bom, depois de mais umas de nossas conversas pela internet ele veio falar comigo na escola. Nós conversamos um pouco e no fim ele me prensou contra a parede... Ele iria me beijar?! No meio do meu nervosismo eu o afastei. "Não sei se consigo fazer isto agora" Falei.
"Por que?" Ele me olhou com uma expressão de quem estava com dúvidas.
Não sei o que deu em mim, sério, nunca falei para ninguém... Mas acabei dizendo a ele, logo para ele.
"Gabriel... Eu nunca beijei antes." Eu disse, e lembro muito bem das palavras que fizeram da minha vida um transtorno logo em seguida. "Eu nunca falei isso para ninguém, então por favor... Não conte!" Pedi. "Hã.. Ah... Ok.. Então fazemos isso quando você estiver pronta. Tudo bem?" Falou, e eu assenti com um sorrisinho no rosto. Eu queria, queria muito beija-lo, nunca imaginei que ficaria tão nervosa... Queria estar mais calma, assim não correria o risco de fazer uma besteira enquanto nos beijávamos.
Ingenua fui eu, ao pensar que ele não contaria a ninguém... Já estavamos todos saindo da escola, fui para casa sozinha e quando cheguei lá apenas minha mãe e meu irmão estavam em casa.
-Oi, mãe. -Disse.
-Oi, -Disse e eles me deram oi.
Subi para meu quarto e liguei o computador.
Assim que abri meu Facebookuma mensagem de Gabriel apareceu.
"Desculpe" Dizia.
"Pelo que?" Perguntei.
"Você ainda não viu?" Ele perguntou.
"Não" Respondi e fui na página inicial. Comecei a tremer enquanto lia os posts do pessoal. " NOTICIA DE ÚLTIMA HORA: nunca beijou ninguém. Hahahaha "
"O QUE VOCÊ FEZ, GABRIEL?" Digitei super rápido. Eu estava com raiva, e estava quase chorando.
"Calma, "
"COMO ASSIM CALMA, GAROTO? NÃO TEM CALMA, EU PEDI PARA VOCÊ NÃO CONTAR PRA NINGUÉM E OLHA O QUE VOCÊ FEZ? GABRIEL, VOCÊ PERDEU COMPLETAMENTE MEU RESPEITO. NÃO QUERO MAIS FALAR COM VOCÊ, SUMA DA MINHA VIDA E NÃO APAREÇA MAIS NA MINHA FRENTE" Digitei, e depois que enviei exclui ele do meu Facebook.
No dia seguinte foi um saco, gente que eu nunca tinha visto ou conversado, antes, estavam falando de mim pelas costas... Ou melhor, quer dizer, pior. Eles nem se importavam se eu estava ouvindo ou não. Mas então, na hora do recreio veio uma garota falar comigo. A única que não estava me zoando naquela escola.
"Olá" Ela disse
"Se você quer vir tirar 'onda' com a minha cara, fique a vontade.. Ou melhor, porque não se junta com esses bestantes?" Perguntei super arrogante com a garota. Eu estava sentada no chão, encostada na parede. Gabriel tinha vindo falar com ele, mas brigamos feio.
"Não vim te zoar, vim te ajudar. Você não pode ligar para o que essas pessoas dizem!" -Ela falou e eu a olhei nos olhos. A garota sentou-se ao meu lado.
"Quem é você?" Perguntei. "Sou , mas pode me chamar de . "
E foi assim que entrou na minha vida, e Gabriel saiu dela.
No mesmo dia, quando entrei no Facebook adicionei nele e logo em seguida publiquei uma mensagem que ganhou 46 Curtidas, 36 Compartilhamentos e mais de 100 comentários.
" É o seguinte: Querem me zoar? Me zoem a vontade, porque dane-se vocês o que falam de mim. Uma pessoa hoje me abriu os olhos, e quer saber? Ela estava certa. Não tenho que ligar para o que vocês falam ou pensam de mim. Não me importo. Porque pelo menos eu não sou uma vadia que fica dando em cima de todo mundo que nem a maioria de vocês que está falando de mim. Não me importo, digo e repito quantas vezes vocês quiserem. Dane-se vocês. Alias, porque em vez de falarem de mim, porque, vocês não vão se agarrar com alguém ai nas ruas? Arranjem algo para fazer, vão lavar uma louça e vê se parem de encher meu saco!"
É, escrevi isso e pela minha surpresa, até o Gabriel curtiu. Deve ter sido pela compartilhação de um amigo, sei lá...
Então, como eu disse antes... Gabriel saiu da minha vida, mas , minha melhor amiga. Entrou nela!

-FlashBack Off

Chegando no aeroporto, adivinhem quem eu encontro? Sim, os dois e .
-Oiee! Vocês vieram! -Disse abraçando os dois.
-Claro que viemos, achou que não iríamos nos despedir de você? - Disse me fazendo sorrir.
-Obrigada! -Falei aos dois.


O Vôo acabou atrasando uns quarenta e cinco minutos, e foi o tempo que fiquei conversando com dois amigos, meus pais e meu irmão. Nós rimos muito, e ambos me deram concelhos e disseram o que queriam que eu visse e tirasse foto para mostrar a eles depois. Mas então...
-Atenção passageiros do vôo 791, o vôo sai em quinze minutos. -Falou uma voz feminina. E lá foi eu, me despedi de todos, ambos começaram a chorar, estava triste mas não chorou. Até porque não éramos tão amigos assim. Entrei no avião, coloquei uma mala no espaço das bagagens em cima da poltrona e logo depois me sentei.


Capitulo 3 - Embarcação

Não deu três minutos depois que eu me sentei, chegou uma garota e sentou-se ao meu lado logo após por sua mala no mesmo lugar em que coloquei a minha.
-Olá. - Disse a garota.
-Oi. - Respondi.
-Qual seu nome? -Perguntou.
. -Respondi.
-Prazer em te conhecer, . Eu me chamo Verônica, mas por favor me chame de Ronnie. -Disse a garota, Ronnie.
-O prazer é meu, Ronnie. -Sorri e nos cumprimentamos.
Conversamos boa parte do vôo.
-O que vai fazer em Nova York, ?
-Vou fazer faculdade. - Disse e sorri
-Nossa, sério? Eu também... Faculdade de quê? -Perguntou
-Jornalismo. - Respondi. -E você? -Perguntei.
-Medicina! -Respondeu com um sorriso no rosto. Eu sorri.
-Que legal! Em que faculdade? -Perguntei, Ronnie era uma garota legal.
-Cornell University. E você? -Ela disse e eu abri a boca de tão incrédula que eu estava.
-O que foi? -Ela perguntou.
-Eu também. -Falei e nós rimos.
Depois de conversarmos sobre isto, descobrimos que seriamos vizinhas no apartamento, seria uma na frente da outra. Muita coincidência, não?
Passamos realmente grande parte do vôo conversando, e nem senti as horas passando. Conversamos sobre tudo, família, amigos, garotos... Não tocamos muito neste assunto, nenhuma das duas queria. Assistimos filmes e escutamos música. Nós rimos tanto que uma aero-moça teve que chamar nossa atenção, rimos deste fato também.
Descemos do vôo juntas.
-NEW YORK, I LOVE YOU! -Gritamos juntas, sim, nós combinamos de fazer isso juntas e depois caímos na risada. Ronnie era de mais.

Pegamos nossas malas, e graças a Deus não deu nada errado com o voo ou com as malas. Ficamos exatos vinte e cinco minutos esperando um Taxi, pois iríamos ''racha-lo''. Entramos no carro rindo de alguma piada que fizemos, quem nos visse acharia que nós estávamos bêbadas. Descemos do carro cheias de malas, mas o 'garoto', -sim, garoto, ele parecia ter uns vinte e cinco anos, no máximo dos máximos. -Foi super gentil e nos ajudou com as malas. Agradecemos e demos uns dez reais a mais para ele. Cada uma entrou em seu apartamento e largou as malas, depois nos vimos na porta.
-Bom, até depos! -Disse.
-Até depois. -Ela falou e cada uma entrou em sua "casa".
O apartamento era muito bonitinho, era pequeno, claro, mas era bonito. Era uma hora da tarde e eu resolvi descer e comer algo na rua.
Peguei minha carteira e coloquei dentro de uma bolsa pequena junto com meu celular e a máquina fotográfica. Tranquei a porta do apartamento e desci de elevador.

Na rua, era tudo tão bonito, fiquei fascinada. Fui até um local onde vendia cupcakes, trufas, brigadeiros... E essas bobagens sabe, comprei uma latinha de Pepsi e um folhado. Comprei e levei até em casa.
Subi de elevador novamente e entrei em casa, não tinha organizado absolutamente nada, e as outras coisas só chegariam amanhã, por enquanto só tinha minhas roupas e alguns livros. Ah, dane-se. Me sentei em cima de uma mala e comi...
As duas e meia liguei para minha mãe. "Alô?" Falou minha mãe do outro lado da linha.
"Oi, mãe!" Falei.
"Filha, já chegou? Como você está?"
"Já cheguei sim, e estou bem."

Ficamos na linha por um tempão, meu pai e meu irmão falaram comigo também.
Logo depois de desligar o telefone, liguei para . "Ooooieee, tudo bem com você? Já chegou? Me fala tudooo!"
e seu jeito fofo de falar e 'cuspir' todas as perguntas de uma vez só.
"Oi,, to bem sim. E você? Sim, já cheguei... E contar o que? Não aconteceu nada ainda." Disse.
"Como não? Vai, tinha algum gatinho no avião?" Eu ri.
"Não... Eu acho que não, sei lá.. Af, por favor !!"
"Como assim, acha que não? Por favor você dona . Onde já se viu não reparar se tinha ou não garotos bonitos dentro do avião?? Affeee!" Eu ri novamente. "Do que você está rindo? Não te dei motivos para rir. Estou falando sério creature!" !! tinha um jeito meio de falar com as pessoas sem fazer com que elas comecem a rir... Só que não.
"Aff , sabe... Eu não ia andar pelo avião procurando por garotos, sabe. Vamos mudar de assunto? Isso está chato. Você acha que a vida é um filmezinho da sessão da tarde, não é? Vou me mudar e ai na minha viagem de avião vou encontrar o 'amor da minha vida' por favor!" Falei.
"Tudo bem, tudo bem... Nossa, como você é chata!" Falou. "Vamos mudar de assunto.. Quem sentou ao seu lado?" Perguntou.
"Ah, foi a Ronnie, ela é uma garota muito legal, descobrimos que vamos estudar na mesma faculdade e ainda por cima somos vizinhas de apartamento. Passamos a viagem toda conversando." Disse.
"Acho muito bom a senhorita não me trocar por qualquer uma, ok? Ou melhor, não vou permitir que você me troque por ninguém. Está ouvindo? niiiingueeem! Eu ri.
"Fica tranquila, você é e sempre será minha melhor amiga! Mas agora vou ter que desligar, tenho que arrumar essa bagunça. Beijos, te adoro!"
"Acho bom mesmo... Beijos, também te adoro."
Ela disse e eu desliguei o telefone.

Passei a tarde toda arrumando as coisas, pelo menos tinha um roupeiro e uma partileira para alguns dos meus livros. Fui dormir depois da meia-noite, eu havia levado muita roupa. Sai de casa só as sete horas da noite para comprar alguma coisa para comer. No dia seguinte teria de comparecer a faculdade, iria com Ronnie, e depois teria que receber alguns móveis e comprar outros. Ainda tinha muito o que arrumar.

Capítulo 4 - Cornell University

"Trrrrriiiiim, trrrriiim, trrrrim" acordei com o despertador tocando, sim o toque é idiota, mas é melhor acordar com isso do que colocar uma música que eu goste e depois passar a detesta-la.
Havia dormido no chão, não foi muito confortável mas consegui ter um bom sono. Hoje o dia ia ser longo. Eram sete horas da manhã.
Levantei e comecei a dobrar as cobertas, logo depois escovei os dentes e troquei de roupa.
Pus uma roupa social, pois iria pegar o uniforme apenas hoje. Coloquei uma calsa jeans cinza claro e uma blusa branca, social, com um laço ao lado. Peguei minha bolsa com todo o necessário dentro e sai do apartamento. Dei dois passos e bati na porta de Ronnie. -Já vou! -Ela gritou.
-Ok. -Disse.
Não deu nem um minuto e ela abriu a porta.
-Oi, . Já está pronta?
-Sim, sim. E você?
-Também... Vamos?
-Vamos. -Disse e ela trancou a porta de seu apartamento. Descemos de escada e pegamos um taxi até a faculdade.
Ficamos conversando o caminho todo. Mas não demoramos muito até chegarmos.
-Uau! -Dissemos juntas depois de pagar o motorista e sair do carro.
-É muito mais bonita pessoalmente. -Disse.
-Linda é pouco, é maravilhosa! -Disse Ronnie.
Nós seguimos a caminho da faculdade, incrédulas, era realmente linda. O campus, o ginásio... A faculdade em si, e isso era só por fora.
Quando chegamos éramos um grupo de dez pessoas, a maioria já havia ido, ou iria mais tarde. -Olá a todos, sou Doralinda e dou boas-vindas a Universidade Cornell a vocês. Espero que gostem da universidade. Hoje, depois que todos falarem com o diretor, iremos fazer um tour. -Disse Doralinda. Ela parecia ser simpática. -Mas antes, peguem todos os seu crachá. Venham aqui pegar. -Ela disse, ela lia nossos nomes e quando chamados deveríamos ir pega-lo
Entramos todos e ficamos sentados na sala de espera. Ficamos esperando o diretor chamar nosso nome.
! -Chamou o diretor. E então eu andei até a sala dele, bati na porta e a abri.
-Bom Dia. -Disse, pois ainda não era nem meio-dia.
-Bom dia senhorita . -Ele disse. -Em primeiro lugar, dou-te as boas-vindas a Universidade de Cornell. -Continuou.

Ficamos conversando por uns dez minutos, ele explicou algumas regras, deu-me o nome dos livros para comprar e disse-me que o uniforme seria dado por Doralinda. Desejou-me boa sorte, e um ótimo ano letivo. Agradeci e sai da sala, despedindo-me.
Ao sair, ele chamou outros nomes. Ronnie foi a terceira depois de mim. Quando todos voltaram nosso tour começou. Passamos pelas salas de aula, por onde poderíamos comprar nosso lanche na hora do intervalo, e a uma biblioteca! -amo livros- Doralinda nos dava dicas de como começar o ano letivo e nos deu dicas sobre os 'famosos' trotes. Pois é, mesmo em uma 'escola' daquelas os alunos ainda faziam trotes.
Ela disse que era para comunicarmos a ela, ou a qualquer funcionário da escola, sobre os trotes e dizermos o nome da pessoa. Se víssemos alguém fazendo essas coisas que -na minha opinião- são ridículas e desnecessárias, era para avisa-los dizendo o nome do aluno que estava intimidando um aluno, o tipo, e a pessoa intimidada. Doralinda deu-nos também nossos uniformes e a chave dos nossos armários. Estava certa sobre ela, era uma pessoa legal.
O grupo em que estava era muito legal, faziam piadas, prestavam atenção, riam de coisas bestas... Eles pareciam ser boas pessoas. Falei com duas meninas que fariam Jornalismo também. A, é. Doralinda também disse os horários das aulas, o horário do intervalo, e deu-nos o numero da sala que ficaríamos, assim não teria tumulto entre os novatos no primeiro dia de aula.
As quinze para as quatro, saímos. Ronie e eu fomos até o centro da cidade de taxi. -Acho que deveríamos alugar um carro. -Iríamos comprar algumas coisas para nossas casas. Não podia demorar muito, as seis eu teria que estar em casa para receber os móveis que viriam de Los Angeles.
Entrei em uma loja de móveis e achei uma cama ma-ra-vi-lho-sa! Do meu jeitinho, sabe? Com detalhes em branco. A cama era rosa e preta. Muito perfeita.
Comprei uma poltrona. Muito bonita, também. Eles chegariam hoje, as nove horas. Ronnie e eu compramos nossos livros juntas e depois ela acabou entrando em outras lojas e acabamos nos perdendo de vista. Não podia esperar mais, era dezessete para as seis. Peguei um taxi que estava por perto e cheguei em casa as seis em ponto.
Assim que entrei em casa e deixei minha bolsa em cima de uma mala, o interfone tocou. Era os moveis que tinham chegado.
Desci e ajudei os homens a levarem os móveis até meu apartamento, no sexto andar. Pois é...
Logo após Ronnie chegou e nos ajudou. Eles conseguiram montar os armários para mim e depois foram embora. Ronnie me ajudou a organizar algumas coisas e as nove e meia minhas compras chegaram. Arrumamos tudo e as dez descemos até o restaurante que tinha ali em baixo para jantarmos. As dez e meia as compras de Ronnie chegaram, e ajudei ela a organizar algumas coisas. Fui para a casa a meia-noite e meia. Como disse, o dia tinha sido cheio e cansativo. Minhas roupas de cama chegaram, e a cama estava montada. Estava bem.
Tomei um banho, coloquei meu pijama e fui dormir.
Adormeci imediatamente.


Capitulo 5 - Primeiro dia de aula


Acordei novamente as sete da manhã. Estava exausta, dormi super-bem a noite toda, não acordaria nem se o mundo estivesse acabando. Ou melhor, acho que assim eu acordaria em um pulo, pegaria minha câmera e gravaria tudo. -risos- Levantei-me da cama e a arrumei.
Fui ao banheiro e depois coloquei o úniforme. Era uma camisa branca e um "casaquinho" vermelho. Mais ou menos neste estilo. Passei um rimel e desci para tomar café. Voltei, escovei os dentes, peguei meu material e coloquei em minha bolsa. Encontrei Ronie enquanto descia pelas escadas. Pegamos outro taxi e fomos para a Cornell.
Chegamos lá e...
-Ai. Meu. Deus! -Dissemos juntas, fazendo o motorista rir. Olhamos para ele.
-Primeiro dia? -Perguntou?
-Sim. -Dissemos juntas, novamente.
-Boa sorte! -Ele disse sorrindo.
-Obrigada. -Agradecemos e o pagamos.
Saímos do carro em direção a Cornell, enganchamos os braços. Não nos desgrudariamos, ou nos perderíamos no meio de tanta gente. Andamos em direção a nossos armários que, por sorte, ficavam pertos um do outro. Colocamos os livros que não usaríamos agora, lá dentro. O sinal bateu, cada um ia para suas salas.
-Boa sorte, . -Disse Ronnie.
-Para você também, Ro. -Disse e entrei em minha sala.
Quando entrei, vi alunos sentados em cima de mesas, sinal de que a maioria já tinha feito amigos. "Ah, eu seria sozinha novamente?" pensei. Não duvidava muito disso.
Sentei-me em uma carteira vaga, no fundo da sala.
A sala era branca, classes e cadeiras sem nenhum risquinho. Azulejo em metade da parede. Era tudo branco, ou em tons claros.
Sentei-me em uma carteira onde dava para encostar-me na parede.
-Bom dia, alunos! -Disse o professor. E todos voltaram atenção a ele e voltaram para seus devidos lugares.
-Sou Marcus, professor de Português. -Ele disse, e pegou uma caneta para passar no quadro. -Todo o jornalista precisa saber escrever corretamente. A concordâncias entre as palavras é muito importante. Sei que vocês devem saber disso, mas quero que saibam que eu não sou um professor chato. -Ele disse, descontraído. Sim, ele parecia legal. -Perguntas? -Perguntou.
Uma menina levantou a mão.
-Desculpe-me pela pergunta que irei fazer a você... Mas... Quantos anos o senhor tem? -Perguntou a garota loira que se sentava na terceira carteira, na fila do meio.
-Vinte e oito e meio! -Respondeu ele. Uau, ele era muito novo para dar aulas em uma faculdade. Isso era possível?
A sala toda se olhou espantada. E o professor riu.
-O que foi? Nunca viram um homem novo dando aulas? -Perguntou ele. E a turma fez que não com a cabeça.


Marcus era um cara legal, de cara soube que as aulas deles seriam muito boas. Ele falou de um jeito que me fez ficar empolgada com as aulas, os trabalhos... Tudo!

Nos períodos seguintes, tivemos aula de literatura, que eu amava, e mais algumas. Eu estava muito empolgada com tudo aquilo, nunca fiquei tão empolgada para estudar.
O sinal bateu, hora do intervalo.
Peguei minha bolsa e sai da sala, assim como todos os outros alunos. Acabei encontrando Ronnie no corredor.

. -Gritou ela.- . -Chamou empolgada quase pulando em cima de mim.
-Nossa! O que foi? Qual o motivo de sua empolgação? -Perguntei.
-Awn, cara, estou a-man-do as aulas, os professores são mó legais. É tudo tãão legal! -Disse ela me fazendo rir com seu vocabulário.
-Do que está rindo, dona ?
-O seu jeito de falar é tããão engraçado! -Disse imitando ela no "tãão"
-Ah, não seja boba! Venha, vamos comer. Estou mortinha de fome. -Disse ela me puxando pelo braço. Fazendo-me rir.
Não chegamos muito longe. Pois uma garota nos parou no corredor.
-Onde pensam que vão, novatas? -Perguntou uma loira de olhos azuis. Pelo seu jeito de vestir, poderia dizer que era uma patricinha metida e que cursava moda. -Não que todos os estilistas tivessem que ser que nem ela, pois aquela ali não iria tão longe assim... Na minha opinião.
-Ah.. Sei lá, comer? -Falei indiferente.
-Ownt, tadinhas. Acham que vão conseguir sair daqui sem um trote. Haha. Desculpem-me queridas, mas é uma tradição de nossa turma. -Disse a menina.
-Hum... Que tradição ridicula, não acha? Sei lá.. Vocês poderiam criar algo mais... Digamos assim.. Criativos. Não é mesmo? -Provoquei.
-Não. -Disse a garota. -Venha, Gregori. Veja essas meninas. -Ela chamou um garoto de pele clara, olhos verdes e cabelos castanhos claros cacheados.
-Ah.. Olá garotas. -Ele deu um sorriso. Eu o encarei... Ele era bonito, mas não seria tão fácil assim.
-Oi. -Disse Veronica sendo meiga com o rapaz. Quase dei uma cotovelada nela.
-Oi. -Disse seca.
-Hm... acho que teremos problemas com esta aqui. -Disse o garoto para a patricinha. -Qual seu nome? -Ele perguntou a mim.
-Me diga o seu nome. -Disse fria. Estava com fome. -Olha, estou com fome, quem sabe vocês me deixam em paz? Pelo menos até eu comer. Eu ein. -Disse caminhando. Mas o garoto me puxou pelo braço levando-me até o lugar onde eu estava a segundos antes.
-Hã, hã. -Ele disse fazendo um sinal de não, balançando o dedo indicador para mim.
-Sabe, Gregori. Poderiamos aproveitar que ela está com fome, e... -Começou a falar a menina. Mas ela se interrompeu, olhando para o menino cujo o nome deveria ser Gregori.
-Ótima ideia, Ana. Gostei de ver, loiras também pensam! -Disse Gregori, e Ana sorriu.
-Espero que não tenha nojo, gatinha. -O que? Ele me chamou de gatinha? Ata, né. Era só o que me faltava.
-Não me chame de gatinha. -Disse brava.
-Não se preocupe, linda. Logo logo sua fome passa. -Ele disse enquanto fazia sinal para um garoto... E esse garoto começou a vir até nós carregando um balde cinza. Que medo!
-O que vai fazer com elas, Gregori? -Disse o garoto, cujo os adjetivos para tanta beleza fugiram de minha mente ao ve-lo. Mas logo voltaram, ele podia ter uma aparência bonita. Mas eu sentia nojo de gente como ele. Nojo dessas "brincadeirinhas" maldosas. Nojo de gente assim!
Gregori olhou para mim.
-Você vai fazer ela comer isso? -Disse o garoto dos adjetivos que me faltaram. Ele deu ênfase no "isso".
-Sim. -Disse Gregori dando de ombros.
-Você ficou louco? -Disse o garoto colocando o balde no chão.
-Ela está com fome. Dê logo essas minhocas para ela comer de uma vez. -Falou Grigori. -Você é muito idiota, cara. -Disse o garoto, ele estava irritado. -Venha comigo. -Ele pegou meu braço e me puxou. Fomos até certo ponto, não muito longe de onde estávamos. -Solte-me! -Quase gritei. -Você está pedindo para mim te soltar? Ta bom então, volte correndo para aqueles dois! -Disse o garoto me soltando. Parei de frente para ele, acabei olhando em seus olhos.


Capitulo 6 - Castigo

Asim que eu olhei em seus olhos... Ah, eu senti que estava segura com ele. Olhando em seus olhos eu senti uma segurança tão boa... Não consegui me mexer durante aqueles poucos segundos. Mas então eu cai na realidade.
-Não! Você acha que eu sou burra?! -Perguntei indignada.
-Ah, se você não fosse burra não teria enfrentado aqueles dois. -Ele disse.
-Você está me chamando de burra? É isso mesmo? Há, era só o que me faltava! -Ironizei.
-Além de burra, é lerda. -Ele riu ironico.
Comecei a andar procurando o refeitório. Não acredito que perdi metade do intervalo!
-Hey! -Ele falou assim que dei dois passos.
-O que foi? -Perguntei fria.
-Não vai me agradecer? -Perguntou. Agradecer? Pelo que?
-Deve agradecer por você ter me chamado de burra e lerda? Bom, obrigada! -Disse ironica. Começando a andar novamente. Mas ele me alcançou.
-Você não pode sair por ai sozinha por enquanto. E não, não era por isso. Era por um motivo óbvio: Eu não deixei eles fazerem nada com você. E a propósito, não te acho burra e nem lerda. -Ele disse enquanto andávamos.
-Não foi o que pareceu. -Ironizei novamente.
-Bom, mas é...
-E porque não posso andar sozinha? -Perguntei.
-Depois você reclama que te chamem de lerda. -Ele riu. -Se você estiver comigo, eles te deixarão em paz. -Explicou ele.
-Hum... -Falei.
-Você está com fome? -Perguntou.
-Muita. -Disse.
-Ok, vem cá. -Ele pegou meu pulso e puxou, não muito forte, e saímos andando um pouco mais rápido.
Esbarrei em um monte de pessoas, até que chegamos.
-O que você quer comer? -Perguntou ele.
-Pode ser um... -Comecei a procurar os nomes nos cardápios que estavam na parede. -Sanduíche e um Refrigerante. -Disse.
-Ok. -Ele falou e me arrastou para a fila, ele fez o pedido para nós dois e depois me levou a uma mesa vazia -e olha, eram raras as mesas vazias naquele local.
-Obrigada. -Agradeci sinceramente.
-Não a de que... Fique a vontade! -Ele disse e sorriu, logo depois mordeu um pedaço de seu sanduíche e eu fiz o mesmo.
-Qual seu nome? -Perguntou depois de tomar um gole de seu refri.
-Sou,. -Falei. -Mas se quiser... Poderá me chamar de . -Eu continuei, e ele assentiu. -E o seu, qual é? -Perguntei. - Sou o, prazer. -Ele disse e estendeu a mão. Eu ri, mas o cumprimentei. -O que foi? -Perguntou ele depois de soltarmos as mãos.
-Sei lá... Hoje em dia as pessoas não fazem mais esse tipo de cumprimento.-Expliquei e depois dei mais uma mordida em meu sanduíche. Estava bom.

era um rapaz legal, rimos a maior parte do tempo... Até bater o sinal.
-Hora de irmos. -Ele disse notando meu desânimo quando ouvi o sinal bater.
-Argh, não acredito... Estava tão empolgada com as aulas, e agora tão desanimada! -Disse me levantando da cadeira e colocando a alsa da bolsa em meu ombro.
-Qual o motivo? -Perguntou, também se levantando.
-Você! -Falei.
-Eu?
-É, sua culpa. Não deveria ter me feito rir tanto... Já pensou em trabalhar no circo? -Brinquei, ele riu e eu também.
-Eu, no circo? Por favor, você que deveria ir. -Brincou ele, nós já estávamos andando quando encontramos Gregori e Ana.
-Ora, ora, ora. Quem encontramos aqui. -Disse Gragori. -Hm... Quem sabe... -Comecei a dizer mas tampou minha boca.
-Oi Gregori. Oi Ana. -Ele disse e tirou a mão de minha boca. Eu o olhei, um olhar de quem não entendeu porque ele fez aquilo. Mas então melembrei que ele me chamou de louca por ter enfrentado estes dois. -Nada de Oi, . O que você tem na cabeça? Você está ajudando uma novata! -Exclamou Gregori.
-E o que é que tem? -Perguntou
-É uma tradição da escola. Você sabe disso! Você também já passou por isso! -Gritou Gregori.
-Mas não é certo, você sabe disso. Ano passado você passou muito mal! E agora você quer que os outros passem pela mesma coisa? Isso é doentio, Gregori! -Gritou no mesmo nível dele.
Ah não!
-Cara, você é muito idiota, sabia? Que coisa de mulherzinha "Isso não é certo" -Disse Gregori tentando imitar.
-Mulherzinha?! Você vai ver o mulherzinha agora... -Disse indo para cima de Gregori, mas eu coloquei a mão em seu peito o puxando pela camisa.
- chega! Para! -Gritei, e ele parou. Talvez por medo de eu me machucar enquanto tentava para-lo com minhas mãos.
se virou para mim e nos olhamos nos olhos. Aquela cara de durão que ele usou enquanto tentava "pegar" Gregori, se desmanchou. No mesmo momento o diretor apareceu.
-O que está acontecendo aqui? -Perguntou ele. Comos e já não estivesse óbvio. -Os três, já para a diretoria! -Gritou ele.
Os três? Logo percebi que Ana não estava mais ali, será que ela tinha corrido enquanto os dois tentavam se pegar no pau?
, Gregori e eu seguimos para a diretoria.
Logo no meu primeiro dia eu iria pegar um castigo. Olhem que legal! -ironizei- o que meus pais pensariam de mim?

Chegamos na diretoria, o diretor Mason passou por nós e abriu a grande porta de vidro, onde ficavam os alunos que ele o chamava e que teriam de espera-lo. E logo depois ele abriu uma porta de madeira, onde ficava sua sala.
-Sentem-se, os três. -Ele disse e nos sentamos. Ficando: Gregori, na cadeira ao lado da parede, a direita. ao meio, e eu na ponta.
-Parece que a srtª já se meteu em problemas... Quem diria. -Disse Mason.
-Não é culpa dela! É culpa do idio... - se interrompeu percebendo que iria insultar um colega na frente do diretor. - é culpa do Gregori, seu Diretor. Ele queria fazer 'trote' com a e eu não deixei, ele ficou todo nervosinho e começou a me insultar. -Falou ele, sei que se ele não quisesse me protejer - não me pergunte o porquê- ele não estaria dando tantos detalhes.
-Isso é verdade, Gregori? -Perguntou Mason.
-Não! É claro que não, eu sei bem o que acontece com quem der trote. Ele é que esta todo nervosinho porque veio dar em cima de mim. -Disse Gregori.
COMO É QUE É?
-Como é? É sério isso que você acabou de falar? Urgh, garoto você vai... -Comecei a me irritar e me levantei da cadeira louca para dar um tapa na cara daquele garoto. Mas se levantou e ficou em minha frente colocando sua mão em meu braço e me fazendo parar.
-Já chega! Não quero ouvir desculpas. Vocês estão de castigo. Depois da aula quero os três na detenção! -Disse Mason nos mandando para a rua. E foi o que fizemos.
-Me desculpe por isso. -Disse .
-Você não tem o porque se desculpar. Eu que tenho... -Falei.

depois cada um foi para sua sala e as aulas seguiram normalmente.


Capitulo 7 - Cumprindo o Castigo

Acabou a aula e saímos da sala. A sala de Ronnie era quase na frente da minha, e a de era ao lado da minha. Ronnie saiu da sala dando tchau para algumas garotas e veio até mim.
-! O que deu em você? Você sumiu! -Falou ela.
-Não, eu não sumi. Desculpa por ter te deixado lá. -Disse
-Ok, tudo bem... Mas euquase morri! -Disse ela.
-Ahn? -Perguntei confusa.
-Eu tive que comer as minhocas, , foi horrível. -Ela disse quase chorando.
-Ro-Ronie, sério que fizeram isso com você? -Perguntei em estado de choque.
-Sim. -Ela disse deixando algumas lágrimas caírem. Nos abraçamos.
-Ah, Ro. Desculpe-me, é tudo culpa minha! -Falei.
-Não... Já passou. Sério. Agora, vamos para a casa.. -Ela disse,saindo do abraço, mas então eu me lembrei que tinha que cumprir o castigo.
-Não vai dar, Ro.
-Porque? -Perguntou confusa.
-Tenho que ficar na detenção. -Falei
Ronnie abriu a boca para falar, mas fechou. E então...
-! -Ouvi a voz de me chamando e me virei para o lado. Lá estava ele, vindo até mim.
-Oi, . -Disse quando ele se aproximou. -Essa é a Ronnie. Ronnie, esté o . -Eu disse e Ronnie sorriu toda boba. Tudo bem que ele era bonito -muito bonito- mas sorrir toda boba dessa jeito?
-Olá, Ronnie! -Disse , super educado.
-Oi! -Ela disse saindo de seu "transe".
-Bom, temos que ir, . -Falou e eu assenti.
-Vai ficar bem? -Perguntei a Ronnie.
-Sim, sim. Quando chegar bate na porta do meu apartamento, ok? -Ela disse e eu assinti.
-Ok. -Falei. -Vamos, . -Disse e nós saímos.
-Vejo que já fez amigos. -Ele disse. -Era a mesma menina que estava ao seu lado quando Gregori e Ana tentaram fazer você comer as minhocas, não é? -Falou enquanto caminhávamos. Engoli em seco.
-Sim, sim. Era ela. -Confirmei.
-Ela está bem? -Perguntou quando viramos o corredor a direita.
-Não... Não sei. -Falei.
-Você parece preocupada com ela. -Falou.
-Sim, eu sei.. É que.. Ela disse que teve que comer as minhocas. -Falei. -E é tudo culpa minha, ! Se eu não tivesse saído de lá com você... Se eu tivesse voltado e tirado ela de lá... Mas não, eu a deixei! -Falei com lágrimas nos olhos. Nós paramos de caminhar, e ficamos um de frente para o outro. -As minhocas estavam vivas, não estavam? -Perguntei deixando uma lágrima escapar.
me puxou para um abraço. Meu rosco ficou em seu peito, enquanto seus braços e suas mãos estavam em minhas costas, e seu queixo apoiada em minha cabeça.
-Sim.. Estavam. -Falou ele, e mais algumas lágrimas cairam do meu rosto. Eu estava com nojo, muito nojo. Estava quase vomitando.
Ficamos naquela posição por uns minutos até eu me recuperar.
-Obrigada! -Eu disse saindo do abraço e olhando em seus olhos.
-Disponha! -Ele disse e colocou um sorriso lindo no rosto. Eu sorri junto.
Seguimos andando até entrar na sala da detenção. Gregori já estava lá.
-Eu não sei se consigo ficar no mesmo ambiente que esse imbecil. -Falei baixinho.
-Não se preocupa, eu estou contigo! -Ele disse e colocou seu braço direito em volta de meu pescoço, trazendo-me até seu corpo. Eu assenti.
-Que bom que já estão todos aqui. -Disse o diretor, entrando.
-Somos só nós três? -Perguntou Gregori.
-Sim. -Disse Mason.

A detenção teria sido um saco, se não estivesse ao meu lado, claro! Na detenção tivemos que escrever um texto - o que não era difícil para mim - e depois tivemos que tirar o pó de algumas coisas da sala. E depois de termos acabado tudo, tivemos que ficar uma hora inteira sem fazer absolutamente nada.
-Você vai como para a casa? -Perguntou .
-Taxi. -Respondi quase imediatamente.
-Quer uma carona? -Perguntou.
-Você nem sabe onde eu moro, vai que fica fora do seu caminho? -Sorri.
-Não da nada. -Ele deu de ombros.
-E se eu morar no Japão? Você vai me dar carona até lá? -Brinquei.
-Eu alugo um jatinho e te levo lá. -Brincou ele e nós rimos.
-Ok, ok... E moro não muito longe daqui... -Disse e depois dei meu endereço para ele.
Acabou a detenção e nós saímos.
Fui com até o estacionamento, e ele me mostrou o carro dele. Era um Porsche preto. Eu fiquei de boca aberta -literalmente- mas logo a fechei. riu. -O que foi? -Perguntou ele. -Nada. -Falei. -Tem certeza que é seu? -Perguntei ainda incrédula. -É... Ganhei do meu pai a pouco tempo. -Explicou ele, e abriu a porta do carro para mim. Olhei para ele e entrei. Ele fechou a porta e deu a volta no carro, fazendo o mesmo. Coloquei o cinto e ele também.
-Quer ouvir música? -Perguntou.
-Pode ser... -Respondi e ele ligou, estava tocando 'She Will Be Loved - Maroon 5' -AAAi, adoro essa música, deixe ai. Nem ouse trocar! -Falei antes que ele trocasse de música. Ele riu e eu comecei a cantar. -'I don't mind spending everyday out on your corner in the pouring rain look for the girl with the broken smile ask her if she wants to stay a while and she will be loved'
Parei de cantar assim que percebi que estava cantando em voz alta.
-Pode continuar. -Ele disse.
-Bem capaz! -Falei.
-Porque?
-Minha voz é horrível, e você ainda me pergunta o por que? -Disse incrédula.
-Sua voz não é horrível. Você ainda não me ouviu cantando.
-Ah é? Então canta uma ai, vai. -Pedi.
-Nunca! -Disse ele.
-Canta, vai. Por favooor! -Pedi.
-Ok ok, escolhe uma ai. -Ele disse e eu coloquei meu pen drive no rádio e comecei a procurar por uma. Achei Wouldn't Change a Thing da Demi e do Joe, decidi colocar aquela e comecei a cantar.
-Você é o Joe, e eu sou a.... Eu sou eu, não chego nem aos pés da Demi. -Disse.
-Ok. -Ele falou ignorando o resto da frase, até porque eu disse mais para mim do que para ele.
Nós ficamos cantando todo o caminho -que não era longo- mas devido as sinaleiras e o trânsito lotado... Era legal, e riamos sempre que um errava algo.
Chegamos ao meu apartamento...
-Você quer entrar? -Perguntei ainda no carro.
-Hm... Não sei. -Falou.
-Como assim, não sabe? -Perguntei.
-Não sei se sou esse tipo de cara, nos conhecemos hoje. -Ele falou brincando e nós dois rimos. -Estou brincando... Não posso subir agora, amanhã de tarde? -Perguntou. Já era quatro e pouca da tarde. -Ai marcamos algo para fazer. -Ele falou e eu assenti.
-Obrigada novamente. -Disse e sai do carro.


Capitulo 8 - Friends (Amigos)

Ao subir de elevador e chegar em meu andar, bati na porta de Ronie e depois entrei em casa. Um minuto depois Ronie bate em minha porta.
-Oi -Disse
-Oi, conta t-u-d-o! -Ronie entrou dentro de meu apartamento e sentou-se no sofá.
-Tudo o que? -Perguntei, fingindo-me de desentendida.
-Ah, você entendeu. O que aconteceu? Você já está dando em cima daquele ga-to?? -Falou Ronie surpresa.
-Ahn? Não, que isso. Nós só tivemos que ir para a suspensão juntos e ele me trouxe em casa. Nada de mais. -Expliquei.
-Nada de mais, uhun, sei.
-Ah, quer saber? Não quer acreditar, não acredita!
-Tudo bem, então.
Ronie passou o resto da tarde em minha casa, jantamos e depois ela foi embora.

No dia seguinte, acordei cedo novamente, chamei Ronie e descemos as escadas juntas. Quando estávamos na recepção do prédio, imagina quem encontramos? Sim, o próprio.
-Oi, meninas! -Disse abrindo um sorriso.
-Oi, . Bom dia... O que faz aqui? -Perguntei depois de Ronie me dar uma cotovelada discreta. Sim, ela achava que estava rolando algo entre nós. O que era meio impossível, não agora. Eu sou uma caloura, e ele um veterano...
-Passei aqui para dar uma carona, vocês vão gastar muito com o taxi se continuarem assim. -Respondeu ele, ainda sorrindo.
-Ahn... -Foi só o que eu consegui dizer.
-Olá, prazer. Sou Ronie. -Ela disse estendendo a mão para .
-Olá, Ronie. Sou o . -Ele a cumprimentou. -Bom, vamos? Não queremos nos atrasar, não é mesmo? -Perguntou.
-Não.. É.. Ok. -Gaguejei.
Entramos no carro, Ronie como sempre super-metida ficou ao lado de e eu no banco de traz.
-E então... . Qual seu status? -Perguntou Ronie.
-Ahn? -Perguntou confuso.
-Ah, você entendeu... Namorando, solteiro, ficando... -Que vergonha, socorro! Alguém me dá um saco de papel para cobrir meu rosto? Ronnie, para!
-Ah, eu estou noivo. não contei? -Falou . Ronie olhou para mim com os olhos 'esbugalhados' e eu comecei a rir. Não sei se de nervosismo, se da cara de Ronie... Eu estava rindo tanto que tive que colocar a cabeça em minhas pernas para ver se conseguia parar.
Isso não levou nem um minuto.
-O que foi? -Perguntaram os dois assim que me recuperei.
-Nada... Sei lá o que deu em mim. -Falei honestamente.
-Então... Sobre eu ser noivo... Era brincadeira. -Falou .
-Nossa, você me assustou. -Falou Ronie, e sorriu.
-Por qual motivo? -Perguntou.
-Sei lá. Você é muito novo, não acha? -Perguntou Ronie.
-Nunca é cedo para amar. -Respondeu. -Awwn. -Disse. -Que fofo. -Continuei. sorriu.

Ao chegarmos na escola, estacionou o carro e nós descemos.
-Obrigada. -Ronie agradeceu primeiro. -Não a de que, senhorita! - disse sorrindo.
-Eu vou indo, . Nos vemos depois, gente. -Disse Ronnie.
-Até. -Disse.
-Obrigada. -Falei quando voltou-se para mim. -Você não precisava ter feito isso. Sério, muito obrigada! -Disse. Ele sorriu.
-Eu sei que não. Mas eu quis. -Falou ainda sorrindo, eu sorri também. -E então... Nosso passeio hoje está de pé? -Perguntou ele depois de uns segundos de silêncio.
-Claro! É só dizer. -Falei.
-Hm... Que tal hoje? Tipo, quando sairmos da sala eu levo você a Ronie para casa, você deixa suas coisas lá e ai nós saímos? -Perguntou.
-Pode ser! -Confirmei.
-Ótimo! -Ele disse.
-Posso saber onde vamos? -Perguntei.
-Nem seu sei ainda, como vou dizer a você? -Ele disse e nós rimos.
-Tudo bem então... Vou indo.. Ah, obrigada mais uma vez. -Falei.

A aula passou rápido, e chegou a hora do intervalo. Adivinhem quem é a primeira pessoa que eu vejo? Sim, ele mesmo.
-Ora, ora, ora. Se não é a garotinha do . -Disse Gregori. -Esta sozinha agora? Nossa. -Continuou. -Quem sabe não brincamos um pouco? -Perguntou.
E então aparece limpando a garganta.
-Deixa ela em paz, que saco, Gregori! -Disse . Gregori, que estava a minha frente, voltou-se para ele.
-Que saco digo eu, você não se enxerga cara? Me deixa em paz com essa coisa linda! -Falou Gregori. Eu bufei. Segui reto até , enganchei meu braço no dele e seguimos. Ficou estranho, pois ele estava caminhando de costas -risos-.
-O que está fazendo? -Perguntou ele quando paramos.
-Te tirando de lá. Sabe... Não quero ir para a suspensão novamente. -Disse olhando para ele. Não estávamos mais com os braços 'enganchados'.
-O.k, o.k. Você tem razão. -Falou.
-É lógico que eu tenho. -Eu disse e ele riu.

Cinco minutos depois, Ronie nos encontrou. -Olá, casal! -Falou ela toda alegrinha, chegando até nós. Olhei para ela com cara de 'Quê?'
-O que fazem? Atrapalho algo? Espero que não. -Disse rápido. Eu ri, e também.
-Não atrapalha nada... -Confirmei.
-Estávamos indo para o refeitório. Quer vir conosco? -Perguntou ele. Ronie assentiu e nós fomos. Ambos compramos uma latinha de refrigerante e sanduíche. Nós conversamos e rimos muito. Nós estávamos realmente amigos, era oficial!
Bateu para o intervalo, e cada um seguiu para suas devidas salas de aula.

-Hoje, vocês irão fazer uma redação em dupla! -Falou o professor. Ai, ai, ai, ai! Porque em dupla? Não podia ser individual? Ainda não tinha feito amizade com ninguém ali. Como ele podia fazer isso? -Alias, eu irei formar as duplas! -Ele avisou. Bom, melhorou. Pelo menos o trabalho de formar minha dupla seria do professor.
-Lá foi ele, chamou todos os nomes da turma, e o meu não chegava nunca.
- e Thiago. -Ele disse.
Espera, quem é Thiago? Ah... Deve ser este que está vindo para cá...
-Oi. -Ele disse com um sorrisinho no rosto.
-Olá! -Respondi com o mesmo sorriso.
Ele sentou-se ao meu lado e colocou seu caderno e estojo em cima da mesa.
-Prazer, sou Thiago! -Ele disse estendendo sua mão. Eu a apertei.
-. -Disse.
-Prazer em conhece-la, senhorita .
-O prazer é meu. -Disse.

Fizemos toda a redação em menos de quarenta e cinco minutos, não vou negar, eu tenho um talento para escrever. -Risos-. Thiago também era bom, tinha criatividade e sabia montar bem suas ideias. Formamos uma boa dupla. E já deixamos combinado que se houvesse outros trabalhos em dupla, faríamos juntos!

Capitulo 9 - Passeio

Quando acabou a aula, me despedi do Thiago e sai da sala. Quando virei-me para o lado direito vi . Ele estava sorrindo e olhando para mim. Sorri de volta e me aproximei dele, ele fez o mesmo.
-E ai, como foi a aula? -Perguntou.
-Muuito boa, e a sua? -Perguntei de volta.
-Estava legal... -Disse ele.
-E ai casalzinho lindo! -Disse Ronnie dando um pulo em nossa frente.
-Nossa Ronniee! -Disse, ela havia me assustado um pouco.
-Como foi a aula de vocês? A minha foi ma-ra-vi-lho-sa! -Falou empolgada.
-Foi boa. -Dissemos eu e juntos.
-Que ótimo! -Ela disse.
-Bom, vamos? -Perguntou e nós assentimos.
Andamos até o carro e dessa vez Ronnie disse que queria sentar a traz para ver se era mais confortável - aham, sei - e fez questão que eu me sentasse na frente. Fomos o caminho todo conversando e cantando, quando estava trocando as músicas:
-Ah, olha que música está dando -Disse ele e começou tocar 'She Will Beloved'
-Own -Disse e comecei a cantar. Ronnie e foram junto comigo. - I don't mind spending everyday uut on your corner in the pouring rain look for the girl with the broken smile ask her if she wants to stay a while and she will be loved ♫ -Cantamos juntos

Quando chegamos ao apartamento, Ronie, eu e subimos juntos pelo elevador.
Ronnie se despediu de nós e entrou em seu ap, e eu entramos no meu.
-Não repara muito na bagunça. -Disse quando ele entrou.
-Bagunça? Se o seu apartamento for uma bagunça, imagina o meu. -Falou assim que entrou.
-Quer alguma coisa? -Perguntei.
-Não, não... Só quero que você vá logo! -Ele disse quase rindo.
-O.k o.k só vou pegar minha outra bolsa... -Falei indo para meu quarto.
Quando voltei, ele estava vendo algumas fotos que estavam na sala.
-É seu ex? -Perguntou ele vendo uma foto onde está eu e Túlio sorrindo, e ele fazendo 'chifres' em mim.
-Não. -ri- É meu primo... Pode ser que não acredite, mas nunca namorei antes. -Falei quase corando. Ele abriu a boca para falar algo, mas depois fechou-a. E então voltou a abri-la.
-Está pronta? -Perguntou.
-Sim. -Respondi.
-Ok, vamos. -Ele disse e nós saímos. Tranquei a porta e descemos pelo elevador.
Chegando ao carro, me sentei no banco da frente novamente. E ficamos conversando sobre nossas vidas.
-Para onde vai me levar? -Perguntei.
-Segredo. -Ele disse.
-Ah, eu estou sendo sequestrada e não sabia? -Brinquei.
-Sim. -Brincou.
-E qual vai ser o valor do resgate? -Perguntei brincando.
-Hum... Sua amizade? -Brincou... Ou não.
-Ah, por favor. Você já tem isso. -Disse sorrindo.
-Ih, você não devia ter dito isso. -Brincou ele.
-Porque? -Perguntei, já rindo. -Porque é agora mesmo que eu não saio mais de perto de você. -Ele disse rindo.
-Aé? E posso saber o motivo? Olha, eu sei que 'I Shine Like a Diamonds', que sou diva e maravilhosa... Mas né.. -Falei rindo. -Claro. -Ele riu.
Suspirei.
-Falta muito? -Perguntei.
-Não. -Ele disse.

Uns minutos depois...
-Chegamos. -Ele disse estacionando o carro.
Saímos do carro...
-É lindo! -Falei. Era um jardim, muito verdinho, com árvores, bancos, flores, crianças brincando...
-Achei que você iria gostar. -Ele disse já ao meu lado e sorrindo. -Você ainda não conhece nada aqui, não é? -Perguntou.
-Não. -Respondi.
-Foi o que pensei... Devemos sair mais. -Ele disse.
-Sim, devemos. -Falei e sorri.
-Você deve estar com fome... Vamos comprar um Milk Shake e depois comemos algo, pode ser? -Perguntou.
-Claro. Amo Milk! -Falei sorrindo. -Ok, vamos. -Ele disse pegando minha mão e andando. Fomos até um carrinho onde um tiozinho estava vendendo sorvetes, picolés, e milk-chakes. -Você quer de que? -Perguntou . -Chocolate. -Respondi.
Depois de ter pagado - mesmo depois de eu insistir para que pelo menos eu pudesse pagar o meu - nós nos sentamos em um dos bancos vagos e ficamos conversando. Depois de termos passado a tarde caminhando, me deixou em casa.


Capitulo 10 - Meu Primeiro Beijo

Fazia uma semana que eu e estávamos saindo, nós dois já sabíamos que era mais que amizade, nós gostávamos um do outro mas ninguém tomava a iniciativa. E Ronnie, bom, vocês já sabem como é a Ronnie, ela vive jogando indiretinhas e constrangendo a nós dois.
Era três da tarde, e eu estava sozinha assistindo televisão no sofá da sala, tampada com uma coberta. Estava vendo 'A Última Música' - que por coincidência, foi o filme que me fez gostar de 'She Will Beloved' - e então ouço a campainha tocar.
Seria a Rô? Mas... A Ronnie está saindo com o Leonardo, não está?
-Já vou! -Falei tocando a coberta para o lado e indo até a porta. Olhei pelo olho mágico: !
Abri a porta sorrindo.
-Oie! -Disse o abraçando. Ele também estava sorrindo. -Oi, lindinha! -Ele começou a me chamar assim quando descobriu que eu tenho uma boneca de pelúcia da lindinha ( meninas super-poderosas ) que ganhei quando criança... Era um apelido fofo, e nós dois sabíamos que não era só pela boneca, era o carinho que sentíamos um pelo outro.
-Entra... E não repara na bagunça, por favor. -Falei dando espaço para ele passar.
-Tudo bem... Hm... Está vendo A Última Música de novo? -Perguntou sentando-se no sofá.
-Você sabe que não me canso de ver esse filme. -Falei sentando-me ao seu lado. Ele riu um pouquinho. -Mas se você quiser, eu mudo. -Falei colocando minhas pernas em cima das dele para ficar meio que deitada no sofá. Tampamos nossas pernas com a coberta.
-Você faria esse imeeeenso favor, para mim? -Brincou.
-Você sabe que por você, eu faria... Mas vou te cobrar depois, ein! -Brinquei e começamos a procurar algo que estivesse dando.
-Sabe... Você ainda não me disse o que veio fazer aqui. -Falei depois de uns dois minutos procurando algum programa, filme, série... Qualquer coisa que estivesse dando.
-Vim passar a tarde com você, não posso mais não?
-Claro que pode! -Disse mudando de posição e colocando minha cabeça em seu pescoço. Ele suspirou.
-, não dá mais. -Ele falou e eu me afastei dele para poder ver seus olhos.
-Ahn? -Foi só o que pude dizer.
-Eu sei que você sabe. Não posso mais ficar tão perto de você e não poder toca-la. -Falou ele.
-Mas você me toca. -Eu disse voltando a colocar meu rosto em seu pescoço/peito.
-Você entendeu, . Eu não suporto mais ficar assim com você, sabendo que você não é... Minha. -Ele disse e eu o olhei novamente.
-Eu sou sua, e você sabe disso. -Falei corando um pouco, nunca tinha tido uma conversa assim com garoto nenhum. Nunca nem falei assim com um garoto... Com ninguém.
-Você... Você sente o mesmo que eu? -Perguntou ele.
-Não. -Disse e ele pareceu ficar mais... nervoso? Não sei explicar. -Não sinto a mesma coisa que você, pois não sei o que está sentindo. Mas sei que eu gosto muito de você, . E se você acha que é fácil para mim ficar assim com você... Você está errado. -Disparei tudo de uma vez, ou eu falava agora... Ou eu não sei quando teria outra oportunidade.
-Você é especial para mim, , você nem faz ideia do quanto. -Ele disse e aquilo realmente mexeu comigo, lágrimas queria cair no meu rosto e percebeu isso.
Ele pôs a mão em meu rosto e passou por debaixo de meus olhos, fazendo as lágrimas caírem e depois secando-as. Nós fomos nos aproximando um do outro lentamente.
-Eu te amo. -Ele sussurrou antes de nossos lábios se encostarem. Nossos lábios se separaram e nos beijamos lentamente. Era um beijo doce e romântico, meu primeiro beijo.
Nós paramos o beijo e nós olhamos nos olhos. Corei um pouco e coloquei minha cabeça novamente em seu pescoço.
-O que foi? -Perguntou ele, deveria estar chocado com a minha timidez.
-Posso te contar algo? E você promete não contar para ninguém, principalmente se a pessoa for da Universidade? -Perguntei agora olhando para ele, ele assentiu.
-Pode falar. Prometo. -Ele disse.
-Esse foi... Foi meu primeiro beijo, . Você foi o primeiro cara a dizer que me amava, você foi o primeiro garoto com quem tive uma relação dessas, uma amizade. Você não sabe quantas vezes eu pensei que nunca iria achar alguém para me dizer essas três palavrinhas que você disse, ou de quantas vezes antes, eu imaginei alguém me dizendo... E você conseguiu superar todas as minhas expectativas. Você... - Suspirei. -Eu te amo, . E você é muito importante para mim. -Falei quase chorando. colocou sua mão por tras de meu pescoço e me puxou para si, me abraçando.
Meu .
-Eu também te amo, meu amor. -Ele falou em meu ouvido. Eu levantei meu rosto para vê-lo, ele estava a um centimetro de mim, seu rosto estava encostado do meu antes de eu me mover, mas agora... Nós dois estávamos nos olhando nos olhos.
-Eu te amo mais. -Falei e o beijei.


Capitulo 11 - Você tem namorado?

Nós passamos a tarde toda juntinhos, dizendo um ao outro o quanto nos amávamos. Pode parecer meloso, eu sei, mas dane-se. Nos amávamos e era isso que importava.
Para o dia seguinte, marcamos um cinema a noite... Mas agora era hora de acordar. Sete da manhã e o celular desperta, acordo com um sorriso enorme no rosto. Ele me ama!
Fico pronta e encontro Ronnie na escada, ia passar lá para nos pegar.
-Bom Dia, meninas. - disse para nós e nossos olhares se cruzaram. -Bom Dia. -Respondemos. Não beijei , queríamos manter segredo disso por um tempo... Ou ver até quanto tempo Ronnie levaria para descobrir o que estava rolando entre nós. Não que ela já não soubesse, mas agora era quase oficial -Sim, quase. Pois ele não me pediu em namoro.
Sentei-me no banco da frente e fomos conversando o perímetro todo. Falamos sobre as aulas que iríamos ter hoje, filmes... E sobre o ficante de Ronnie.
Na escola, Ronnie se despediu de nós deixando eu e ''sozinhos''. Eu o abracei.
-Nos vemos no intervalo? -Perguntou ainda me abraçando.
-Com certeza! -Disse soltando-o e sorrindo. Eu já ia embora quando...
-Psiu. -Falou ele.
-Quê?
-Cadê meu beijo? -Ele perguntou e eu ri. Olhei para todos os lados, e dei um selinho nele.
-Só um selinho? Vem, sei que você pode fazer melhor. -Brincou.
-Bobo, não podemos, não agora... Boa aula, te vejo no intervalo. -Falei e direcionei-me para minha sala de aula.
Trabalho em dupla, novamente com Thiago... Pelo menos havíamos combinado isso antes pois umas três pessoas pediram para fazer dupla com ele.
Thiago veio em direção a minha classe com seu caderno e estojo na mão e mochila nas costas.
-E ai, . -Disse ele sorrindo, e então sentou-se ao meu lado.
-Oi, Thiago! -Sorri. -Ainda bem que combinamos de fazer o trabalho juntos. -Falei. Ele virou-se para mim.
-Por que? -Perguntou.
-Foram umas três pessoas pedirem para você fazer o trabalho com elas. -Expliquei... Como ele não tinha notado?!
Thiago sorriu.
-É verdade. -Ele falou e virou-se para o quadro, onde o professor estava anotando o que deveríamos fazer.

Assim que o professor terminou de explicar, começamos a fazer. Thiago era um gênio, e eu também - super modesta, não é? - então formávamos uma bela dupla. Fazíamos o que gostávamos e éramos bons nisso.
Fomos a primeira dupla a terminar, ainda faltava uns vinte minutos de aula. Ficamos conversando...
-O que você mais gosta de fazer? -Perguntou ele a mim. Estávamos fazendo um tipo de questionário um com o outro.
-Escrever, ler, internet, assistir filmes, ficar com os amigos. -Falei.
-O que você escreve? -Perguntou.
-Histórias. -Respondi. -Huum, é uma escritora, então? Vai publicar um livro?
-Pretendo, mas não quero me iludir muito. -Respondi com sinceridade.
-Por que? Posso ler uma de suas histórias?
-Não. -Respondi com um sorriso.
-Por que não?
-Não gosto que pessoas... Ahn... Próximas?... De mim... ahn.. Leiam. -Falei depois de algumas pausas. - É estranho, eu sei. -Confessei.
-Sim, mas ok... Quando estiver pronta para me mostrar, eu vou querer ler! -Ele falou sorrindo.
-Ok... Agora é minha vez de fazer perguntas. -Falei me ajeitando na cadeira.
-Ah... Não. -Remungou.
-Ah, sim. -Falei. -O que mais gosta de fazer? -Perguntei.
-Ir para festas.. É uma delas. -Ele falou pensativo.
-Por que quer ser jornalista? -Perguntei. -Por causa das viagens. -Ele riu. -Não, estou brincando... Não sei, eu só... Gosto. -Ele disse.
-Hm... -Não conseguia pensar em mais nenhuma pergunta. Que legal, uma jornalista sem perguntas!
-Tem namorado? -Ele perguntou depois de uns segundos em total silêncio. Eu estava olhando para o chão, pensando. E então quando ele perguntou aquilo eu levantei a cabeça imediatamente e olhei para ele.
-Bem.. é... -Comecei, mas ai me lembrei que não tinha me pedido em namoro. - Não. -Falei por fim.
-Não? -Perguntou.
-É... Mais ou menos... Mas não é namoro, sabe? Ele ainda não me pediu. -Falei com um sorrisinho sem mostrar os dentes.
-Hum... -Foi o que ele disse.
-E você... Namora? -Perguntei
-Não, não. -Respondeu.
-Ah... -Foi só o que consegui dizer.
Ficamos um pouquinho em silêncio e depois ele pediu meu contato no Facebook dei a ele e então o sinal bateu.
Intervalo!!
Nos despedimos e saímos da sala
Fiquei parada, procurando por e então ele chega atrás de mim e me dá um susto.
-Aaaa! -Gritei me virando pra ele. -Seu idiota! Pra quê fazer isso? -Falei dando tapas nele.
-Calma! Calma! -Ele dizia rindo.
Parei
-Idiota! -Disse cruzando os braços.
-Idiota? Eu? Há, ta bom. -Falou.
-Sim, você. -Disse.
Ele se aproximou de mim e falou em meu ouvido:
-O idiota que você gosta! -Sussurrou, me arrepiei e então sorri.
-Pois é... E eu sou uma idiota, também. Por esse motivo. -Falei em seu ouvido.
-Por que? Você não quer gostar de mim? -Perguntou se afastando um pouco, o possível para nos olharmos
-Não é só gostar, . Esse é o problema. -Falei.
-Mas você sabe que eu sinto o mesmo por você. -Falou ele.
-Não... Não é o mesmo. Eu gosto mais. -Sorri.
-Por que você acha isso? -Perguntou juntando as sobrancelhas.
-Porque eu sei o que eu sinto, mas não sei o que você sente. -Disse. -E o que eu sinto, , eu nunca senti por ninguém antes. É muito forte. É... Do fundo do meu coração. -Ai, eu não acredito que disse isso em voz alta!!!!!
sorriu.
-Duvido que seja mais forte do que eu sinto por você, .
-Eu não duvido. -Balancei a cabeça em negação e sorri.
-O que você quer que eu faça para provar que o que eu sinto, é mais forte? -Perguntou.
-Nada, não tem como provar isso. -Sorri.
-Tem sim. -Ele disse
-Como? -Perguntei em dúvida.
-Assim. -Ele disse me puxando para ele e me beijando. Sabe o beijo calmo de antes? Bom, sumiu. Agora era um beijo com desejo... De ambos os dois, não que antes o beijo não fosse desejado, mas agora nós mostrávamos isso um ao outro.
Eu não queria parar o beijo, mas tive que fazer isso.
-, você está louco? Estamos na escola! -Falei e ele sorriu.
-Espera aqui. -Ele disse.
- o que você está fazendo?! -Perguntei 'apavorada', nós estávamos muito perto da cantina, foi para lá. Estava todos nos olhando, e então ele subiu em cima de uma das mesas redondas que tem ali. Ai, não!
Me aproximei da mesa.
- desce dai, o que você está fazendo?! -Disse ainda 'apavorada'. O que esse louco ia fazer?!
-Ah, você está ai. Estava te procurando! -Disse Ronnie já ao meu lado. -O que ele vai fazer? -Ela disse apontando para .
-Não faço a menor ideia. -Falei olhando para ele.
-Galera, preciso da atenção de vocês. - gritou e alguém jogou um auto-falante para ele em cima da mesa. -Obrigado. -Ele disse e então pegou o auto-falante.


Capitulo 12 - Ganhei uma Declaração, e de brinde uma Detenção!

-No início das aulas, este ano, eu conheci uma garota. Uma garota de quem eu me aproximei aos poucos e que se tornou uma grande amiga. Esta garota me ensinou muita coisa. Com ela eu posso ser quem eu sou, com esta garota eu aprendi o que é o verdadeiro amor. -Ele disse e então subiu na cadeira. Ele agora estava olhando diretamente para mim. -E eu queria saber, se está garota que está bem perto de mim, e cujo o nome se chama , gostaria de namorar comigo.
Eu virei praticamente uma estátua. Não consegui me mexer...
Abri a boca uma vez, mas a fechei... A abri de novo, e a fechei..
-Ahn.. Ah... Sim, sim, sim! Claro que sim! -Consegui dizer. Subi em cima de uma cadeira e o abracei.
me beijou e eu o retribui, apesar do pouco medo de ser pega pelo diretor.
Parei o beijo. Não por querer, e sim por precisar, não queria ser pega pelo diretor.
Ops, tarde de mais.
-Que bonito, em? Que bonito! -Disse o diretor batendo palmas.
-Ah, não é? Eu sei! -Disse e eu dei uma cotovelada nele.
Todos que estavam em volta saíram.
-Gostaria de conversar com vocês dois, já para minha sala. -Disse o diretor e o seguimos.

Ao entrarmos na sala, nos sentamos e o diretor sentou-se em sua cadeira.
-O que deu em vocês? Aqui é uma faculdade direita. Não os proibimos de namorar, dar alguns beijinhos... Mas fazer toda esta cena e ainda por cima subirem em mesas? Não, não, não! Isto é uma coisa inadmissível. Me admiro você, senhorita . Uma aluna exemplar, que mereceu ganhar esta bolsa de estudos... Você quer jogar tudo fora? -Falou ele de um jeito digamos que... Bem grosso.
-Nã-não eu... - me interrompeu.
-Na verdade, senhor Diretor, não fez nada. A culpa é minha. Perdoe-me, mas se tem alguém para dar bronca é a mim, e não a ela. -Disse .
Ficamos mais uns minutos 'negociando' com o diretor, ele queria ligar para nossos pais mas conseguimos fazer com que ele não fizesse isso. Ganhamos apenas mais uma detenção.
Saímos da sala do diretor...
-Desculpe-me. -Disse .
-Desculpar? Você quer que eu te desculpe por ter feito uma coisa tão linda? -Perguntei.
-Você gostou? Gostou realmente? -Perguntou.
-Foi a coisa mais linda que já me disseram... Depois conversamos. Temos aula agora. -Disse e ele assentiu. Entramos cada um em sua sala.


Capitulo 13 - Detenção a três

A aula passou em uma lentidão só. Quando acabou eu nem pude comemorar pois ainda tenho a detenção.
Saio da sala e encontro Ronnie me esperando.
-Oi -Digo.
-Oie! Queria saber se não tem nada marcado para hoje, estou afim de fazer compras então por favor me diga que o diretor não mandou vocês para a detensão. -Falou Ronie.
Eu fiz que sim com a cabeça e ela ficou triste.
-Ai eu não acredito! Vou só um beijo, UM BEIJO! -Disse indignada, e então pude sentir alguém se aproximando.
-Oi garotas! -Disse me abraçando por trás.
-Olá . -Diz Ronnie.
-Oi meu amor. -Digo toda dengosa.
-E então, de que beijo estavam falando? -Pergunta.
-Do que fez vocês dois irem para a detenção. Nossa, esse diretor acha que está aonde? No século XVIII (18)? -Falou Ronie de um jeito que nos fez rir.
-Eu acho que sim, Ronie. -Diz .
-Bem, desculpe-me mas não vou poder fazer compras com a senhorita. -Digo a Ronie e então me volto para . -Acho melhor irmos, ou o diretor vai acabar mais com nossa vida. -Digo e ele assente.
-Até mais, Rô. -Digo.
-Até logo, Ronie. -Diz .
-Até mais, casal. -Ela responde e depois sai, e fazemos o mesmo.

caminha com seu braço esquerdo envolta de meus ombros, e eu com meu braço direito em volta de sua cintura. Era nossa primeira tarde como namorados e iríamos passa-la na detenção. Ótimo! Perfeito! -Ironizo.
Ao chegarmos nos deparamos com o diretor sentado.
-Foi ótimo vocês comparecerem. -Ele diz e nós soltamos nossos braços um do outro. -Bem, podemos ir indo. -Ele continua, se levantando e nos levando até a porta da detenção.
Ao entrarmos ele pede para nos sentarmos, e então ele começa a falar:
-Hoje eu ficarei aqui com vocês, para certificar-me de que não vai acontecer nenhuma imprudência de suas partes. Vocês terão de fazer deveres de história e geografia e entrega-los a mim no final da detenção, ou seja: Daqui a duas horas. -Ele diz e entrega dois livros para cada um de nós. Um de História e um de Geografia.
e eu nos entre olhamos mas logo começamos a folhear os livros.
-Página cento e sete do livro de Geografia e página cento e setenta e cinco do livro de história. Das questões um até a questão seis de ambas. -Ele diz e meu queixo cai. Não é o que vocês estão pensando, das seis questões três delas vinham com mais quatro para responder. E eram perguntas dificílimas.
-Podemos fazer em dupla? -Pergunta ao ver minha cara de incrédula.
-Podem sim, só não tentem nenhuma gracinha. -Responde o diretor. Obrigada Senhor! -Mas é melhor começarem logo pois duas horas é um tempo curto comparando ao grau de dificuldade destas perguntas. -Ele diz e nós assentimos.
Começamos a fazer as de Geografia primeiro, pois era mais difícil. Terminamos em uma hora e quinze minutos.
Nos restavam quarenta e cinco minutos para fazer as de História... E o que era pior: Se não terminássemos a tempo ele ligaria para nossos pais e ainda perderíamos cinco pontos! Cinco!
Se dois já é muito, imagina cinco pontos a menos no boletim?!
Ao tocar o alarme do diretor, sabiamos que era hora de entregar o trabalho.
-Muito bem, acabou. Podem entregar o trabalho a mim. -Pede o diretor...Ops, perdão, pede não ele manda!
e eu nos olhamos, suspiramos, sorrimos fraquinho, pegamos nossas coisas e levantamos. -Terminaram tudo? -Pergunta ele quando chegamos até a mesa, ele nos olhava incrédulo.
-Sim. -Respondemos em uníssono.
-Eu duvido que tenham acertado tudo, vocês devem ter respondido algumas de qualquer jeito... -Ele diz verificando.
-Pois bem, senhor diretor. Estamos de saida, se houver alguma questão em errado faça o favor de nos cominicar amanhã. Obrigada. -Digo surpreendendo-me com minha formalidade e confiança em mim mesma.


Capitulo 14 - Gatinhos no elevador

Ontem, depois de sair da detenção com o , ele me levou para casa, mas nem subiu até meu apartamento. Fiz algo para comer e depois fui dormir, estava exausta! Hoje de manhã, quando veio buscar a mim e Ronnie para ir a escola, ele nos convidou para dar um passeio. Ronnie topou na hora. Seria bom passar um tempo a mais com os dois.

A aula havia passado em uma lentidão só. Eu poderia até descrever cada palavra dos professores para vocês, porém vocês iriam acabar dormindo, e eu não quero isso!
Agora que havia deixado eu e Ronnie em casa para nos arrumarmos, estávamos em minha casa nos arrumando.
Ronnie trouxe uma mala cheia de coisas para minha casa.
Sabemos que é apenas um passeio de tarde, talvez um piquenique na praça... Mas é sempre bom nos arrumarmos. Até porque estamos em L.A Baby!
Eu havia feito as unhas, maquiagem e o cabelo de Ronnie, ela já estava pronta. Depois de Ronnie arrumar minhas unhas, meu cabelo e minha maquiagem e eu estava pronta, nem me reconheci ao olhar-me no espelho.
-Oh my God. Você é uma bruxa! -Exclamei.
-Ein? -Ela levantou uma sobrancelha.
-Eu estou linda! Como você fez isso? Olhe só para mim! -Falei me virando em frente ao espelho para me ver de ambos os lados.
-Apenas ressaltei seus traços, você já é linda, .
-Awn. -A abracei. -Ok, mas olha a observação: Se for colocar o boné, você vai ter que tomar muito cuidado com o cabelo. E se colocar os óculos, então a maquiagem diva que fizemos uma na outra vai sumir. puf. Então iremos usar apenas se estiver muito calor, ok?
-Ok, mamãe! -Zoei.
Ficamos uns poucos segundos sem falarmos nada.
-São três e meia. -Digo.
-Daqui a pouco ele... -Ronnie foi interrompida pelo interfone que tocava na sala. -. -Digo e saio correndo para atende-lo. -Oi. -Digo
-Oi, eu já estou aqui, pode abrir o portão? -Pede.
-Claro. Já estamos descendo, pode entrar. -Eu digo e aperto um botão.
-Obrigado. -Ele diz e eu desligo.
-Vamos Rô. -Digo a ela, e depois de fecharmos o apartamento, descemos de elevador. Sim, nós conseguimos chegar a tempo de o elevador chegar em nosso andar, que era o sexto.
O elevador estava quase vazio, tinha apenas uns dois garotos dentro dele... Dois garotos que na verdade eu nunca tinha os visto. Ah, pois é, a acessorista não estava no elevador.
Eu bem que queria ir de escada, depois de ver que só iríamos nós duas e aqueles dois caras dentro do elevador, mas ela me puxou e eu tive que concordar em ir.
Fiquei encarando o painel lá em cima, onde dizia em que andar estávamos. Quando descemos para o quinto um garoto decidiu falar.
Ele era do meu tamanho, seu tom de pele era claro e tinha cabelos escuros. Vamos combinar: Ele era muito bonito. Mas não contem ao .
Até porque eu não sou cega e posso muito bem achar outros garotos bonitos. Eu não vou fazer nada mesmo. E olhar não tira pedaço.
-Vocês moram aqui? Não me lembro de ter visto vocês duas. -Falou o moreno.
-Sim, somos daqui... Também não me lembro de te-los visto. -Disse Ronnie. -Você lembra ? -Ótimo! Para que me incluir na conversa, Ronnie? São dois estranhos! Bem gatinhos, mas são estranhos!
-Ahn... Não. -Olhei para eles e depois voltei a mirar o painel. Estavamos descendo para o quarto andar.
-O que há de tão interessante neste painel? -Perguntou um rapaz loiro, de olhos azuis, uns dois centímetros mais alto que eu.
-Ah, é que estou ansiosa. -Digo.
-Para quê? -Pergunta o loiro.
-Para ver meu namorado. -Respondo.
Boa , é isso ai!
-Ah... -Ele me olhou com cara de decepção, digamos assim. E quando eu olhei para Ronnie, ela me fuzilava com os olhos.
Dei de ombros.
-Bem, e ai, o que vocês vão fazer? -Perguntou Ronnie. E eu revirei os olhos.
-Vamos dar uma volta, por ai. -Disse o moreno.
-Hum.. -Ela respondeu. -Ah, terceiro. -Murmurei baixinho, enquanto pensava. Estávamos já no terceiro andar.
-Há quanto tempo não vê seu namorado? -Perguntou o moreno para mim.
Baixei os olhos do painel para olha-lo.
-Ah algumas horas, na verdade... Mas é que vai ser nosso primeiro passeio como namorados, e o maior tempo que ficamos juntos desde então... Tirando o tempo que ficamos de detenção na escola. Por que essa eu acho que não conta. -Falei pensando. E eles riram baixinho.
-Gostaríamos de saber mais sobre você e seu namorado... Mas já estamos no segundo andar. -Disse o moreno novamente. -Qual o nome de vocês duas, garotas? São irmãs? -Perguntou.
-Eu sou e ela é a Ronnie, e não.. Não somos irmãs. -Expliquei.
-E vocês, são irmãos? -Perguntou Ronnie.
-Sim. -Eles disseram em uníssono.
-Legal! Quais são seus nomes? -Perguntou.
-Eu sou Alexander.. Mas pode me chamar de Alex. -Disse o loiro. -E ele é o Bruno. -Disse olhando para o moreno.
-Vocês são gêmeos? Quer dizer, a diferença de vocês é grande, mas... Parecem ter a mesma idade. -Perguntei, do nada.
Eles riram.
-Sim, somos gêmeos. -Disse o loiro.
-Engraçado. Ninguém acredita que somos, talvez nem tenham reparado na nossa idade. -Falou o moreno. E eu assenti.
E então chegou no térreo.
-Até mais meninas. -Disseram. -Até. -Dissemos e então pude ver quase na frente do elevador.

Capitulo 15 - Namorado Ciumento | Passeio que não deu certo.

Ao sair do elevador eu praticamente me joguei em . Ok, não foi para tanto, mas foi quase.
O abracei e depois de solta-lo e olha-lo percebi que ele estava quase fuzilando com os olhos os dois garotos que estavam no elevador.
-Ah, então você é o famoso, . -Disse Alex.
o olhou em dúvida.
- falou sobre você... Aliás ela estava ansiosa para ver-te... Você é um cara de sorte, . -Disse o loiro.
-É eu sei. - respondeu com um tom amargo.
Ai, . Não vai fazer merda!
Pigarreei.
-Então... É... Melhor irmos. Tchau garotos. -Digo me virando e puxando comigo. - Vamos Rô? -A chamo.
Ronnie se despede dos garotos e então nos alcança em uns dois segundos.
-. -Chamo-o.
-O que foi? -Ele diz em tom amargo novamente e eu o solto.
Suspiro fundo, já me irritando.
-Não. Fala. Nesse. Tom. Comigo. -Digo pausadamente tentando manter a calma.
-Em que tom, ? -Ele disse trincando os dentes para não sair aquele tom novamente.
Eu suspirei um pouco descontraída agora.
-Há. -Eu ri. E então eu observei sua expressão e comecei a gargalhar.
e Ronnie começaram a me olhar confusos e depois olharam um para o outro tentando descobrir o motivo de eu estar rindo tanto.
Em meio a minhas risadas eu consegui abrir a porta da frente do carro. Respirei fundo. Pensei novamente na cara do . Depois olhei para ele e Ronnie e comecei a rir de novo.
Eu já estava me debatendo de tanto rir. Minha barriga doía e eu estava quase chorando.
Então ouvi o barulho das portas batendo. Eles haviam entrado no carro.
Respirei fundo novamente e consegui me recompor.
-Mas que diabos foi aquilo?! -Exclamou Ronnie.
-Ah, vai dizer que não foi engraçado a expressão do ? Por favor, foi Hilário! -Falei tentando não rir de novo. E então me virei para por o cinto.
-Ahn? - ainda estava em dúvida.
-Sua cara de ciumento, mor. -Disse.
-Eu não sou ciumento! -Exclamou.
-Ah não? Então explique-me o motivo de você quase fuzilar com os olhos o Alex e o Bruno?
-Ah, então é esse o nome daqueles tarados desgraçados. - disse arrancando o carro.
-E ainda diz que não é ciúmes. -Eu disse suspirando e então encostando a cabeça no encosto do banco.
-Não. É. Ciúmes. -Ele disse.
-Tudo bem, então. -Falei.
-Olha, era mais legal andar com vocês quando ainda não eram um casal, sabe. -Disse Ronnie. -Mas pensando bem... É legal ouvir as discussões, então podem continuar. -Ela continuou e eu revirei os olhos.

Depois de uns segundos em silêncio, resolvi perguntar.
-Para onde vamos? -Perguntei.
-Para a praça, vamos fazer um piquenique. -Falou. -Espero que não tenham comido nada no tempo em que fiquei fora. -Falou.
-Você realmente acha que tivemos tempo para comer? -Perguntou Ronnie apontando para seu corpo. Pude ver a olhando pelo retrovisor. E então ele riu.
E depois olhou para mim.
-Pensando bem... Acho que não. -Ele falou ainda rindo um pouco. -Mas e ai, vocês queriam parecer gêmeas ou algo parecido? -Perguntou ele referindo-se as nossas roupas quase idênticas.
-Não, mas gostamos das roupas e então as colocamos. -Disse Ronnie.
-Hm... Mulheres, reclamamos tanto, mas não vivemos sem elas. -Ele disse suspirando então eu e Ronnie rimos.
-Repete, quero gravar! -Pedi.
-Não. -Disse ele.
-Vamos, . Tenho que ter provas! -Implorei.
-Nunca!
-Chato.
-É você.
-Insuportável.
-Mandona.
-Metido.
-Insuportável. -Ele rebateu.
-Tão insuportável que você aguenta. -Rebati
-Só porque você é linda.
-Disse ele.
-Já te ensinei que beleza não se importa quando a pessoa tem caráter. -Falei.
-Ui, filosofa! -Gritou Ronnie no banco de trás. - Continuem gente, estou gravando. -Ela disse.
Arregalei os olhos.
-Você o que? -Perguntei virando-me para trás quase arrancando o celular das mãos dela.
-Ah, eu não vou postar em lugar nenhum. -Ela disse e eu voltei para meu lugar bufando.
Passados uns minutos, Ronnie começou a reclamar de dor.
-Gente... , para.. Eu acho que vou vomitar. -Ela disse e então parou rapidamente em uma vaga que ele achou não sei da onde.
Ronnie abriu aporta e pôs para fora.
Tirei o cinto, desci do carro e me abaixei ao lado dela.
-O que você tem Ronnie? -Perguntei tirando seus cabelos do rosto.
-Eu não sei , só estou me sentindo mal. -Ela disse. -Me desculpem. -Ela falou observando , que até então eu não havia percebido que estava a traz de mim.
-Não tem por que se desculpar, Ronnie. -Ele disse. -Acho melhor te levarmos para casa.
-Não se preocupem comigo. Eu pego um taxi e vocês podem se divertir. -Ela disse.
-Bem capaz, vou te levar em casa Ronnie. -Disse .
Estão vendo? Ah, como eu amo esse cara!
-E eu ficarei cuidando de você, lá. Viu? -Falei.
-Não gente, sério. Eu não quero atrapalhar em nada. -Continuou ela.
-Sem essa Ronnie! Vamos, agora volte a sentar-se normalmente no carro que iremos retornar para casa. -Disse num tom autoritário.
-Af, tem razão quando diz que você é mandona. -Ela falou e fez o que eu pedi.
riu e então voltamos para dentro do carro.
ligou o carro e então começou a fazer o caminho de volta para o apartamento.
-Ainda não acredito que estão fazendo isso. -Disse Ronnie.
-Amigos são assim, eles cuidam um dos outros. -Falei e sorri.
-E você continua filosofando, não é senhorita ? -Mas ela está certa. -Disse meu namorado lindo, perfeito e maravilhoso concordando comigo. Eu sorri e ele também.

Capitulo 16 - Together in good or bad moments.
Quando chegamos no apartamento, levamos Ronnie de elevador até o sexto andar, ela ainda estava mal. pegou Ronnie nos braços para poder leva-la até o elevador. Vou confessar que fiquei com um pouco de ciúmes, mas Ronnie era minha amiga e ela estava passando mal. Não iria dar muita importância para esse tipo de coisa agora.
Entramos em seu apartamento e Ronnie saiu correndo até o banheiro.
Ouvi ela levantando a tampa do vaso e logo após veio um barulho... Ela estava vomitando, de novo.
Fui até ela e me ajoelhei ao seu lado.
-Ronnie... Eu estava aqui pensando. -Comecei. -Você não está grávida? -Pergunto.
Ela me olha apavorada.
-Não! Nossa! -Diz ela.
-É que... -Comecei a dizer mas não terminei.
-, eu nunca fui tão longe. Você está louca! -Disse ela. E então começou a tentar se levantar. Sim, tentar, pois não conseguiu e eu tive que ajuda-la.
-Bem, desculpe-me, então. -Eu disse a levando até a sala.
-Não, tudo bem... -Ela disse sentando-se no sofá.
Fui até uma areazinha pequena, onde ficava a lavanderia, e peguei um balde. Levei-o até o sofá onde Ronnie estava, caso ela precisasse vomitar. -Precisamos levar-te ao médico. -Digo.
-Nãão! -Resmungou Ronnie.
-Ronnie, você não pode continuar assim.
-Eu não gosto de médico, não gosto de hospitais! -Ela falava que nem uma criança quando estava doente.
-Você não tem gostar ou não, Verônica Swildckt*. , pode nos levar ao hospital? -Pergunto.
-Claro, o que precisarem.
-Obrigada! -Agradeço dando um sorrisinho.
-Vamos, Ronnie. -Eu digo colocando seu braço em torno de meu pescoço.
-Nãão! Eu não quero ir, , por favooor! -Sim, ela estava muito parecida com uma criança chata brigando para não ir ao médico.
Respirei fundo.
O que se faz quando uma criança não quer ir ao médico?
- O que você quer que eu te dê, para ir ao médico? -Perguntei, lembrando-me que as vezes, quando eu não queria ir ao médico, eu ganhava alguma coisinha...
-Hum... -Ela começou a pensar. -Eu quero um livro! -Ela disse.
Me surpreendi com seu pedido, Ronnie não gostava muito de ler, eu sim, alias, eu amo ler.
-Um livro? Mas você nem gosta de ler! -Disse.
-Gosto sim, só parei de ler por um tempo, e depois, quando você começa com seus assuntos sobre livros e blá blá blá, eu fiquei com vontade de ler novamente. -Ela disse.
-O.k, então... Que livro? -Perguntei curiosa.
-Sei lá, escolhe um, compra e me dá. -Ela disse começando a andar, e eu fiz o mesmo, pois ela estava apoiada em mim.
-Quer que eu leve ela? -Perguntou para mim.
Eu suspirei.
-Pode ser. -Eu disse e ele assentiu, pegando-a em seus braços.
Aquilo já estava me incomodando um pouco, eu sei que não devia, mas estava! Argh, eu me sinto mal me incomodando com isso, mas o que eu posso fazer??!

Voltamos de elevador novamente, e então colocou Ronnie no banco de trás, sentei-me ao lado dela para ajudar em algo, se necessário. -Para qual hospital vamos? -Perguntei a . -Para o... Eu não lembro o nome dele, mas sei onde é. É o mais próximo daqui. -Ele disse. Eu assenti e então seguimos em silêncio.

Quando chegamos ao hospital, estacionou o carro em uma vaga e depois descemos do carro indo diretamente para a ala hospitalar... E nossa! Que hospital grande!
Ao entrarmos tivemos que preencher um 'formulário' e depois ficamos na sala de espera. Ronnie não estava mais vomitando, mas ainda sentia enjôos e reclamava de dor de cabeça.
-Minha cabeça está latejando! -Reclamou ela.
Estávamos na sala de espera a uns vinte e cinco minutos e então a chamaram para a triagem.
Ela olhou-me e eu assenti, e então ela se foi.
Encostei minha cabeça no ombro de , estava preocupada com Ronie.
Ele começou a acariciar meu braço. Sua mão estava quente.
Suspirei fundo.
-Eu te amo. -Disse.
-Eu também te amo. -Ele disse e então beijou o topo de minha cabeça. Depois ele apoiou seu queixo ali.



Capitulo 17 - Quase

Passamos a noite no hospital, noticias ruins: Ronnie estava doente, não sabiam ainda qual a doença, porém ela teria que ficar para fazer exames. Ela queria que eu fosse para casa e descansasse, mas eu não conseguia, eu tinha que ficar lá com ela. decidiu ficar também.
Já era umas três da manhã, eu dormia e acordava, dormia e acordava. estava do mesmo jeito. Estávamos na sala de espera, enquanto Ronnie saia de uma sala e ia para a outra.
As sete horas eu e acordamos juntos -não me pergunte como- e decidimos ir tomar um café.
-, eu estou com medo. -Disse.
Estávamos sentados, bebendo um café preto.
-Ela vai ficar bem, . Acredite nisso. -Ele disse, mas eu sabia que ele também estava preocupado com Ronnie.
Era a primeira vez que eu perdia uma aula na Cornnel.
Quando deu dez horas, visitamos Ronnie em seu quarto, ela estava com aparência cansada e meio que se desanimou quando nos viu.
-Eu disse para vocês descansarem. Olhe só para vocês! -Ela disse. Mas no fundo sabíamos que ela gostou de termos ficado.
-Não ia deixa-la aqui, sozinha. -Falei sentando-me na cama, ao seus pés.
-E você, rapaz, por que ficou aqui? -Perguntou Ronnie á .
-Eu não ia deixa-las aqui. -Ele disse. E então a porta abriu.
Era o medico que estava atendendo a Ronnie.
-Bom dia, garotos. -Disse ele.
Respondemos com um 'bom dia'.
-Desculpem, mas Ronnie terá de fazer mais alguns exames. Quem sabe vocês não voltam em casa, descansam, e então voltam à tardezinha? -Perguntou o médico.
-Eu não... -Comecei a protestar, mas Ronnie interrompeu-me.
-Vão. -Ela disse. -E aproveitem para passar na Cornell e explicarem o motivo de eu não aparecido na aula de hoje. -Ela continuou.
Suspirei e assenti.
-Até mais, RO. -Disse indo até ela e beijando sua testa. fez o mesmo e então nos despedimos do médico.
Saímos de mãos dadas e fomos até o estacionamento. abriu a porta do carro para mim, eu entrei, ele fechou-a e deu a volta no carro e entrou no mesmo enquanto eu colocava o cinto. Ele fez o mesmo e então ligou o carro.
Não falamos muito enquanto ele dirigia.
-Você vai ir na Cornell? -Perguntou ele, quebrando o silêncio.
-Vou, vou sim. -Respondi. E então chegamos ao meu prédio. -Você quer subir? -Perguntei a ele.
Ele assentiu. O que foi surpresa para mim pois eu achei que ele gostaria de ir em casa tomar um banho, e tal...
Descemos do carro e subimos de elavador... Sem ascensorista, e sem ninguém dentro dele além de nós dois.
abraçou-me pela cintura, levando-me a ele e então beijou minha testa.
-Eu estou aqui. Vai ficar tudo bem. -Disse ele.
Incrível a capacidade dele de saber o que se passa em minha cabeça, o que eu estou precisando ouvir e quando me dizer.
O abracei com força, e então as portas se abriram.
Sexto andar.
Entramos em meu apartamento.
-Eu... Eu vou tomar um banho super rápido e logo, logo apronto para comermos, certo? -Pergunto com receio de deixa-lo morrendo de fome.
-Tudo bem, eu aguardo. -Ele disse, e então eu peguei uma muda de roupa e duas toalhas - Uma para o cabelo e outra para o corpo.
~//~//~//~//~//~ Entrei no chuveiro e meus músculos demoraram para descontraírem-se, eu estava tremendo de frio e nem havia notado.

~//~//~//~//~
Merda! -pensei.
Esqueci a porcaria da blusa.
Como isso, ? Você tinha pego tudo... Ah, não, não, não, não! Eu esqueci de pegar minha blusa no roupeiro!
E agora? Eu vou sair sem minha blusa com o ali?
Ah, calma, , ele é seu namorado. Isso algum dia iria acontecer, não se preocupe, não é nada de mais. -Continuei dialogando comigo mesma.
Suspirei alto e então, depois de ter vestido toda a roupa que eu possuilia ali, abri a porta e dei de cara com sentado em minha cama, de frente para a porta do banheiro.
Parei. Senti minha respiração pausar.
Eu estava apenas de sutiã rosa claro com duas listras grandes em cinza claro e uma calsa jeans escura. Meu cabelo já não estava mais sendo enrolado pela toalha, ele estava caído em meus ombros.
-Eu... Ahn.. Eu esqueci minha blusa. -Falei quebrando o silêncio e então corri até meu roupeiro.
Peguei uma blusa larga e branca e coloquei-a rapidamente.
Quando passei por novamente eu apenas disse:
-Vamos comer algo, estou faminta!
E então ele me seguiu.

Nós fizemos frango, batata frita, arroz e ovo... Foi o que comemos.
-Vou passar em casa antes de irmos para a Cornell. Preciso tomar um banho. -Ele disse e eu concordei.
Lavamos a louça e a secamos, escovei meus dentes, peguei minha bolsa - grande e do Mickey - e então lembrei de pegar uma muda de roupa para Ronnie... Mas então lembrei que não havia pegado a chave de seu apartamento... Ah, dane-se, vou pegar uma minha.
-Vou pegar uma roupa para Ronnie e já venho. -Digo a e saio correndo para meu quarto.
Peguei um abrigo cinza e uma blusa larguinha da cor preta e coloquei dentro da bolsa.
Então sai.
Eu e decidimos ir de elevador, e quando as portas do mesmo se abriram encontrei Alex e Bruno, os garotos do elevador!
Sorri ao vê-los e então entramos.
-Oi casal! -Saudaram-nos.
-Olá, garotos. -Eu disse, e também os cumprimentou.
-E como está Ronnie? -Perguntou Bruno.
-Ah, ela está no hospital, não sabemos ao certo o que ela tem. Iremos voltar em breve ao hospital. -Falei.
-Em que hospital ela está? -Perguntou Alex e o respondeu.

Eles disseram que iam vê-la e então chegamos a portaria. Nos despedimos e então e eu fomos até o carro.
Novamente seguimos sem nos falar muito durante o percurso, mas então ele ligou o rádio e estava tocando 'When Look At You' da Miley Cyrus e eu comecei a cantar.
-Everybody need inspiration, everybody need a song, a beautiful melody
cantou um pedaço comigo - a parte que ele sabia, claro - e então nós chegamos em seu apartamento.
Me dei conta de que nunca havia ido ao apartamento de .

Subimos de elevador até o sexto andar - coincidência ou não - e então ele me deu as boas vindas e deixou que eu passasse em sua frente.
-Vou tomar um banho rapidão e já volto. -Ele disse e eu assenti.
E então ele foi para o seu quarto, que igualmente ao meu, era onde ficava o banheiro.
Eu fiz o mesmo que ele fez comigo, fui até o seu quarto e fiquei esperando-o lá.
Enquanto o esperava eu fiquei olhando os retratos espalhados pelo cômodo, tinha fotos dele sozinho, dele com garotas - acho muito bom que não sejam 'amiguinhas' dele - com garotos, fotos em família... E então uma em especial chamou minha atenção. Ela estava em um porta-retrato em cima de um criado-mudo ao lado de sua cama. Sentei-me e olhei a foto. Era e uma mulher - que deveria ser sua mãe - e ele devia ter uns quatorze anos. nunca me falou muito sobre sua mãe, e quando falava ele parecia incomodado... Um dia eu ainda o perguntaria sobre isto.
Mas então ouvi a porta se abrindo, e eu olhei para o lado, para . Ele estava sem camisa e com o cabelo molhado - deixando assim algumas gotas de água em seu corpo, o que deixava ele ainda mais sexy.
Meu coração se acelerou e eu me levantei -involuntariamente- não via mais nada além dele.
E então ele se aproximou de mim e me puxou pela cintura.
Nossas respirações estavam meio aceleradas e o ar entre nós estava quente.
Coloquei meus braços em torno de seu pescoço e encostei minha testa na dele.
Nos beijamos.
Mas não um beijo calmo, como costuma ser, esse beijo era intenso.
Nós estávamos suspirando enquanto nos beijávamos.
Senti suas mãos descendo até minhas coxas, ele as segurou e puxou-me para cima. Entrelacei minhas pernas em sua cintura.
Suspirávamos e arfávamos. Não tinha como evitar, era intenso de mais.
baixou os seus beijos para meu pescoço, e eu aproveitei para pegar mais ar.
Ele se sentou na cama, fazendo-me ficar em cima dele.
Eu não sabia se estava pronta para o que provavelmente viria a seguir. Ou talvez estivesse, naquele momento, enquanto estávamos ali. Mas então pensei em Ronnie, pensei que estávamos no inicio de nosso relacionamento, pensei que podíamos esperar.
Procurei uma boca, que estava beijando meu pescoço, e quando achei-a, o beijei. Mas desta vez apenas separei nossos lábios e depois os desgrudei.
- -Disse calma... Ou tentando manter minha respiração mais calma. Mas minha voz estava 'doce'. -Não dá para fazer isso agora. -Falei. -Me desculpa. -Eu disse e me levantei.


Capitulo 18 - POV'S / E o clima esquenta

Estava saindo do banho, eu não havia levado camisa meio que de propósito pois não gosto de coloca-la assim que saio do banho pois ela gruda toda no corpo, e assim que abri a porta vi olhando uma foto minha e de minha mãe.
Ela largou o porta-retrato assim que ouviu a porta se abrir e ficou me olhando por alguns segundos.
Ah, como eu queria saber o que estava se passando em sua cabeça.
E então ela se levanta. Mas parece involuntário. Ela ainda não conseguia desgrudar seus olhos de mim e então eu me aproximo dela, ela gruda sua testa na minha e pude sentir sua respiração que se acelerava toda vez que ficávamos juntos deste jeito.
Beijei-a.
Mas foi um beijo intenso, aquele momento pedia mais do que os beijos delicados que dávamos um no outro.
E eu queria mais.
Ela beijava bem de mais para quem nunca teve um namorado. Para quem deu seu primeiro beijo em mim. Ela estava melhor do que todas as outras garotas que eu já beijei.
E eu a amava.
Estávamos suspirando enquanto nos beijávamos e eu sabia que o clima estava esquentando.
Comecei a descer as mãos por seu corpo e fui até suas coxas, puxei-a para cima e ela entrelaçou a suas pernas em torno das minhas.
Durante todo esse tempo nós não paramos o beijo nenhuma vez.
Sentei-me na cama e a levei comigo... Sim, eu sabia que o clima estava esquentando cada vez mais, mas se ela não quisesse ela iria parar. Ela tinha mais a cabeça no lugar.
Desci os beijos para seu pescoço e pude ouvir ela tomando fôlego e suspirando.
E então eu percebi que ela estava me procurando, procurando por minha boca. Levantei minha cabeça para beija-la.
Ela apenas separou nossos lábios e os puxou novamente.
- -Disse ela, calma...-Não dá para fazer isso agora. -Falou. Eu não disse que seria ela a -Me desculpa. -Ela disse e se levantou.
Eu a entendi. Claro que entenderia.
-Tudo bem. -Falei e me levantei. Ela me deu um selinho. - Vamos a Cornel.. -Falei pegando sua mão.
-Você não vai por uma camisa antes? -Pergunta ela com sua voz maravilhosa.. O.k, deixem-me babar pela garota que amo, ta certo?
E então eu voltei e coloquei a camisa.

Capitulo 19 - Planos para o futuro


POV's

Ele entendeu!
Já disse como eu o amo? Pois bem eu repito novamente: Eu o amo MUITO!
Ele colocou sua blusa e fomos em direção a Cornell. Lá falamos com o diretor, que para confirmar que não estávamos mentindo, ligou para o hospital.
Ele deixou não irmos a aula no dia seguinte, mas disse que teríamos que recuperar tudo depois. Concordamos e então fomos para o hospital. No caminho eu e conversamos por um tempão, fizemos planos para o futuro... Sei que é meio besta mas é legal, vocês nunca fizeram? Eu duvido! São planos que sabemos que tem grandes chances de não acontecerem, mas o fazemos pois aproveitamos o momento. É bom imaginar um pouco.
-Quando nos casarmos nós vamos fazer uma festa enorme e vamos convidar todos nossos amigos e parente. Ah, eu quero ter filhos, já vou deixar avisado. -Diz .
-, eu não sei se quero ter filhos. -Sou sincera com ele.
-Por que? -Perguntou.
-Eu... Ah, eu não levo jeito para cuidar de crianças, me irrito muito fácil, não sei ensinar e tenho preguiça de fazer coisas domesticas. -Digo me sentindo uma imprestável. Eu acho que seria uma ótima ideia comer em pratos e copos descartáveis, porém faz mal para o meio ambiente, então não há muito o que fazer.
-Mas eu irei te ajudar. -Diz ele.
-Não. -Digo. -Talvez nos primeiros dias, mas depois você vai ficar trabalhando e trabalhando e tudo vai sobrar para mim que vou chegar do serviço e terei que fazer comida e arrumar a casa. Quando nosso filho pedir para ir brincar com você, você vai dizer que está cansado e tudo vai sobrar para quem? Para mim, claro. -Disse lembrando das estórias de alguns filmes... Ah, não venham me corrigir, histórias com H é quando a historia é real! Bom, voltando ao assunto, sei que são filmes mas não fogem muito do realismo, pelo menos não nessa parte, acho eu. Não que meus pais nunca brincaram comigo, pelo contrário, brincaram muito. Mas isso vai muito da pessoa.
-Você acha que eu faria isso? -Pergunta.
-O casamento muda as pessoas, . Não devia, mas muda.
-E como você sabe? Já foi casada? -Diz ele em uma seriedade que me assusta... Um pouco, sei lá, foi uma pergunta muito idiota que ele sabe a resposta e mesmo assim a fez em um tom sério.
-Não, é claro que não. Você sabe disso. -Bufo. -Mas eu sei que é verdade, lá no fundo. Não sei como eu sei, eu apenas sei. -Disse.
Ele suspirou.
-Tudo bem... Conversamos sobre ter filhos uma outra hora. -Ele disse e eu senti um alivio.
-O.k... Vamos falar sobre as viagens que faremos juntos. -Comecei.
-Eu quero ir ao Brasil. -Disse ele.
-Eu quero ir a França! -Falei sonhadora.
-França também é uma boa. Vamos subir até a parte mais alta permitida da torre Eiffel. -Dizia ele.
-Só tem um problema. -Interrompi.
-Você tem medo de altura, eu sei. Mas não se preocupa, eu estarei sempre ao seu lado, segurando sua mão... Sempre! -Ele dizia e... Caramba, por que ele fazia meu coração se acelerar toda vez que eu estava com ele? Isso era normal?
Suspirei.
-Eu te amo. -Falei encostando minha cabeça no banco, virada para ele e ele sorriu.
-Eu também te amo. -Ele disse.
Passados alguns segundos chegamos ao hospital. estacionou o carro e entramos na ala hospitalar. Caminhamos de mãos dadas até chagar a ala de espera e encontramos Alex e Bruno.
-Vocês vieram! -Falei sorrindo. O.k para uma garota que nem falava com eles eu estou me saindo simpática de mais.
-Claro que viemos. -Disse Alex. Ele com certeza deve ser o mais 'solto / destravado' dos dois.
-Vocês já conseguiram entrar? -Perguntei.
-Não. Só daqui a uns vinte minutos, segundo a enfermeira que está cuidando dela. -Respondeu Bruno. Ele não parava de me encarar.
-Ah... -Foi tudo que disse, e então puxei para sentarmos.
Ficamos ali, conversando durante todo o tempo, e então a enfermeira chegou dizendo que duas pessoas poderiam entrar.
-Vocês podem ir, nós vamos depois. Apenas diga a Ronie que já falamos com o diretor e que estamos aqui. -Falei para os garotos.
Um deles, nãos sei qual, suspirou e então ambos levantaram.
-Tudo bem. -Disse Alex e então eles saíram.
Deitei minha cabeça no ombro de e então resolvi conversar com o médico de Ronie.
Levantei-me.
-Onde você vai? -Perguntou .
-Vou falar com o médico que está fazendo os exames dela. -Disse e ele também levantou.
-Vou com você. -Disse ele e então andamos a procura do médico.
Fomos até a recepção do hospital e pedimos para falar com ele. Voltamos para a sala de espera pois ele disse que nos encontraria lá e ficamos sentados esperando até que ele aparecesse.
-Olá, vocês são os amigos de Ronie? -Perguntou o médico.
-Sim. -Respondo. -Preciso tratar de um assunto sério sobre ela. Onde está os pais de Ronie? -Pergunta o médico e meu coração dispara. Tem algo de errado com Ronie.

Capitulo 20 - Más noticias

O medico se chamava Linux e ele tinha uma noticia para nos dar - provavelmente ruim - já que éramos os mais próximos de Ronnie ultimamente.
-Eu não vejo melhor maneira de dizer isto, mas... -Ele fez uma pausa. Nós estávamos em sua sala. -Ronnie tem leucemia. -Disse. Demorei para processar a informação. -Le.. Le... Não. Não pode ser. Isso só... Houve um engano!-Falei desesperada, sem acreditar no que acabara de ouvir. -Vocês tem certeza de que é isso mesmo? -Perguntou mais calmo que eu.
O médico assentiu com a cabeça, vagarosamente e então disse:
-Certeza, não os comunicaria se não tivesse certeza. Nós já suspeitávamos, mas queríamos ter certeza de que era isso mesmo, por isso Ronnie passou por tantos exames.
Um nó formou-se em minha garganta.
-Quanto... Quanto tempo ela ainda tem? -Pergunto quase chorando.
-Aproximadamente um ano. Talvez mais, talvez menos... Depende de como ela irá reagir a quimioterapia. Porém seu estado já está um pouco avançado e acho que não terá muito o que fazer.
Eu assenti enquanto uma lágrima teimava em cair.
-Podemos vê-la? -Pergunto com a voz fraca.
Linux assentiu novamente e então veio até mim e deu-me sua mão, a segurei e saímos de mãos dadas da sala. Fomos novamente para a sala de espera e puxa-me e abraça-me forte. Algumas lágrimas caem por meu rosto. O nó ainda está formado em minha garganta e eu tenho vontade de cair no choro, a final de contas 'a dor tem que ser sentida'.
passava as mãos por meus cabelos enquanto eu estava com a cabeça em seu peito.
-Vai ficar tudo bem. -Ele disse beijando o topo de minha cabeça.
Assenti ainda com o rosto em seu peito. -Ronnie vai superar isso. -Ele continuou. -Ela vai conseguir. -Ele disse.
Eu me soltei de , ainda com a cabeça baixa.
-Eu não sei se conseguirei vê-la agora. -Falei.
Mas então Linux apareceu.
-Vocês vão querer entrar? Eu vou dar a noticia a ela. -Disse o médico. Eu queria estar com Ronnie quando ele desse a noticia a ela, ela iria precisar de alguém neste momento.
Assenti.
-Eu vou. -Disse.
me deu sua mão e apertou a minha. Juntos fomos para o quarto de Ronnie, seguindo Linux.

Nós entramos no quarto e eu sentei na cama onde Ronnie estava. sentou-se aos pés da cama e Linux ficou de frente para Ronnie.
-Ronnie... Este é um assunto delicado. -Ele começou a falar e eu apertei a mão de Ronnie, cuidando para não fazer força.
-Ronnie, eu deveria estar acostumado a dar noticias assim para os pacientes, mas ainda é um assunto difícil de falar, então eu vou ser direto e não vou enrolar. -Ele disse e fez uma pausa curta. -Ronnie, você está muito doente. -Nova pausa curta. -Você tem leucemia.
-Vo-você tem certeza, doutor? -Perguntou ela. -Por favor, diga que é uma brincadeira de vocês. -Ela disse olhando para ambos, procurando sinal de brincadeira em nossos olhos.
Eu não conseguia imaginar Ronnie, a Ronnie brincalhona e alegre que estava sempre saltitando... Deprimida e para baixo. Não que ela é obrigada a ficar assim por causa da doença, mas todos sabem que chega a uma 'fase' em que pessoas como a Ronnie dormem por muito tempo... Eu não conseguia imaginar Ronnie assim. Não a Ronnie que eu conheci no avião.

Depois de alguns minutos conversando, o doutor saiu e nos deixou a sós com Ronnie, que por sua vez não parava de chorar.
Eu estava abraçada com ela, as vezes falava algo e acariciava seu braço.
-Ronnie... Nós temos que ligar para sua mãe, tudo bem? Pode me passar o numero dela? -Perguntei me afastando dela.
-Está no meu celular... Dentro da bolsa. -Ela disse apontando para uma bolsa que estava em cima de uma mesinha pequena com um jarro de flores laranjas.
Fui até lá e peguei seu celular, fui até a lista de contatos e disquei o numero de sua mãe.
No terceiro toque ela atende.
-Alô, filha? -Pergunta ela ao atender.
-Oi, aqui é a , sou amiga da Ronnie. Eu... Eu vou passar para ela, um segundo. -Falei e passei para Ronnie.
-Oi mãe. -Disse Ronnie com a voz de quem acabou de chorar -o que realmente era. -Mãe... Por favor, vem pra cá. -Ela diz voltando a chorar. -Mãe, eu estou em um hospital... Por favor mãe, vem pra cá. Eu não sei quanto tempo eu tenho. -Ela disse, as vezes ela fazia pausas, acho que para sua mãe falar, mas não dava para ouvir.
-Mãe, eu... Eu tenho uma doença... Mãe isso não é algo para se dizer por telefone. Por favor, venha para cá. -Pedia ela, chorando. Não aguentei e comecei a chorar também.
pegou-me em seus braços.

Capitulo 21 - Você me faz parecer o vilão.

A noite eu e resolvemos ir para casa, Ronnie precisava descansar e nós também. Fomos para o apartamento de .
'' Dorme lá em casa. '' ele pediu.
Eu suspirei.
''Você tem medo de dormir na mesma casa que eu?'' Perguntou, seu tom não era de malícia, estávamos muito cansados para pensar nessas coisas.
''Não é isso... É que... Hm... Tem certeza que não vai ser incomodo?'' Pergunto.
''Nenhum.'' Ele disse.
''Então o.k'' concordei.
Agora estávamos em seu quarto. procurava por uma toalha para mim tomar banho, e então ele achou e atirou-a para mim
-O.k meu amor... Só há um problema. -Disse.
-Qual? -Perguntou ele se aproximando.
-Eu não tenho outra calcinha! -Disse. Não acredito que esquecemos esse fato.
-Ah... -Ele pausou para pensar e então prosseguiu. -Fica sem. -Ele deu de ombros.
-Sem? Você está louco? Como eu vou ficar sem calcinha ?????! -Eu era fresca de mais e até falar a palavra 'cancinha' na frente do meu namorado era complicado... Pois é.
-E o que é que tem? -Falou ele.
-Ah, nada... Você tem secadora? -Perguntei.
-Tem uma ali na mini-lavanderia. -Ele disse.
-O.k -Falei e fui para o banheiro. Lá eu tirei a roupa de baixo e me enrolei na toalha. Sai do banheiro assim e me encarou.
-Você já tomou banho? -Perguntou espantado.
-Claro que não. Eu só vou lavar minha calcinha e seca-la. Você pode ir primeiro. -Falei e fui para a 'mini-lavanderia'... E então me abraça por traz e beija minha orelha.
E meu ar? Bem, ele se foi.
Suspiro.
-. -Advirto-o.
-Calma. -Ele diz, ainda no meu ouvido, o que faz com que eu me arrepie.
Nós continuamos abraçados assim por alguns segundos, e então eu me viro para ele.
-Tá legal, o que você quer? -Pergunto aparentando estar brava, mas era só brincadeira. E ele sabia disso.
-Você. -Ele diz e meu ar acaba.
-. -Consigo dizer.
-Calma. -Ele diz se aproximando mais de mim.
Eu desviei o rosto, sabia que se nos beijássemos não conseguiria parar. -Eu... Eu tenho que terminar aqui. -Disse já virada para o tanque. -Você pode tomar banho enquanto isso. -Falei ainda virada de costas para ele.
-Você me faz parecer o vilão. -Ele diz sem se mover.
-O que? Como assim? -Perguntei enquanto lavava minha calcinha.
-Por que sempre parece que sou eu que quero tirar isso de você. -Ele diz e então eu coloco minha calcinha na secadora e viro-me para ele.
-Não é isso. -Eu digo hesitante.
-Mas é o que parece. -Ele diz.
-Mas não é... É só que... Eu não sei se estou pronta, . E eu tenho medo de ficar tão... tão... -Eu não consigo completar.
-Tão o que? -Pergunta ele
-Tão próxima de você que eu não consiga parar! -Falei rapidamente, mas ele entendeu e ergueu os lábios em um sorriso.
-Não é para rir, sr . -Digo.
-Eu sou tão irresistivel assim? -Pergunta ele com seu sorriso malicioso nos lábios.
-Se eu estou resistindo você a tanto tempo, é por que você não é irresistível. -Eu digo de braços cruzados.
-Isso é tão injusto comigo. -Ele disse.
-Por que? -pergunto curiosa.
-Porque para mim, você é irresistível. -Ele diz e eu hesito. Ele percebe que eu não tenho palavras para dizer sobre isso e então ele mesmo fala. -Você é diferente.

Capitulo 22 - Eu espero.

-Diferente como? -Pergunto com a voz fraca. -Diferente de todas as garotas que eu já conheci. Você é única. Eu te admiro tanto. -Ele disse e eu sorri.
O abracei forte.
-Eu te amo, eu te amo e sempre vou te amar. -Falei com minha cara ainda em seu peito.
-Eu te amo mais. -Ele disse e beijou o topo da minha cabeça.
Ficamos um tempinho assim e depois eu fui para o banho. Eu coloquei uma camisa cinza de manga curta, do que ficou super-larga em mim mas eu amo.
-Como estou? -Eu disse dando uma voltinha ao sair do banheiro.
estava deitado mas me olhou mesmo assim. -Uma gata, como sempre. -Ele disse e veio em minha direção. Ele pegou meu pulso e me puxou para ele. Nós fomos para tras e caímos na cama.
Eu cai por cima dele e então me arrumei de modo que ficasse com cada perna a cada lado do seu corpo. Ele se sentou na cama de modo que eu ficasse sentada em seu colo. Não paramos o beijo.
Nos beijamos por um tempo e paramos por falta de ar.
-Você. Tem. Que. Tomar. Banho.-Consegui dizer, mas minha respiração ainda estava desregular e a dele também.
Ele assentiu, me pegou pela cintura, colocou-me deitada na cama de um jeito que ele ficasse por cima, deu-me um selinho e então disse:
-Eu vou lá.
eu assenti e ele se foi.
Minha respiração levou um tempo para voltar ao normal, e então eu já havia me deitado na cama e estava procurando algo para ver na tv.
saiu do banheiro um tempo depois. Ele estava sem camisa - para piorar minha situação - e então, depois de colocar a toalha na lavanderia ele se deitou ao meu lado. Seu corpo estava quente e ele estava próximo de mim, pude sentir seu calor.
Aconcheguei-me em seus braços que estavam em volta de mim. Sua cabeça estava entre meu ombro e meu pescoço. Suspirei e ele deu um beijo em meu pescoço.
-O que está vendo? -Ele perguntou.
Nós nos ajeitamos na cama de um modo que pudemos ver a tv e ainda ficarmos abraçados. Meus pés estavam entre suas pernas.
-Eu não sei. -Disse. -Ainda não consegui achar nada de bom para ver. -Completei.
-Então vamos achar algo para fazer... -Ele disse. -E eu já tenho uma ideia. -Falou. Nós sorrimos e começamos a rir.
-Palhaço. -Eu disse e bati nele com meu travesseiro, de brincadeira.
-Palhaço, eu? -Falou rindo e então tirou o travesseiro da mina mão e se deitou por cima de mim.
Como eu disse, quanto mais próximo ele fica, mais meu coração e minha respiração se acelera. Ele estava apoiando-se na cama, portanto seu corpo não estava realmente junto ao meu.
Ele ficou me olhando nos olhos e depois de um tempo ele se jogou para o lado, onde ele estava deitado. -Merda! -Ele murmurou e eu entendi o porque. Virei-me na cama e peguei em seu pescoço trazendo-o para mim. O beijei.
Nós nos beijamos por um bom tempo e quando vimos ele já estava por cima de mim e nós deixamos acontecer naturalmente.

Uma semana se passou e Ronie estava fazendo quimioterapia, mas não estava ajudando muito. Sua mãe chegaria hoje a tarde. As aulas na Cornell estavam indo bem, eu e não tivemos que passar por mais uma detenção. Nós estavamos bem, nosso namoro estava firme apesar de não passarmos mais tanto tempo sozinhos como passávamos antes, quando éramos apenas amigos. Thiago continua sendo minha dupla para os trabalhos de redação... Minhas notas estavam boas em todas as matérias, exceto nas que envolviam matemática.
Hoje a tarde e eu vamos até o aeroporto pegar a mãe de Ronie e depois vamos direto ao hospital. A mãe dela ficará no apartamento de Ronnie durante todo o tempo.
Saindo da Cornell encontro no estacionamento.
-Oi mor. -Digo e dou um selinho nele.
-Oi minha linda. -Ele diz e abre a porta do carro para mim, eu entro e ele dá a volta sentando-se em seu banco.
-Como foi a aula hoje? -Ele pergunta ligando o carro.
-Foi legal, escrevi alguns textos junto com o Thiago. -Falei... Opa, tem meio que um ciúme dele. Não sei porque, pois quem está comigo é ele e não o Thiago...
-Hm... Vocês continuam fazendo dupla?
-Sim. -Eu respondi e então liguei o rádio. Conectei o pen-drive e coloquei 'She will Beloved' do Maroon Five para escutarmos.
Comecei a cantar e ele cantou junto, não gostava de discutir com ele e ele sabe que não tem motivo para ter ciúmes. Eu sou dele e ele é meu.

Um mês se passou desde que a mãe de Ronnie chegou, nós fomos busca-la no aeroporto e depois levamos para visitar a filha no hospital. Elas choraram muito quando se viram, eu não estava no quarto do hospital junto mas depois pude ver os olhos inchados de ambas. Elas estavam muito ligadas, mas eu continuava com elas, estava sempre no hospital. Ronnie piorou durante todo esse mês, ela estava ficando cada vez mais fraca e comia pouco. Na Cornell estávamos em época de provas e eu levava os cadernos para o hospital e ficava estudando lá. e eu, que já não passávamos muito tempo juntos estávamos cada vez mais afastados.
Hoje eu e marcamos de assistir um filme na casa dele, é Domingo e faz muito tempo que não ficamos sozinhos.
Sai do hospital e fui direto para casa trocar de roupa, estava frio e já estava escurecendo. Coloquei um moletom cinza e minha calça jeans clara.
Cheguei e chamei-o pelo interfone, subi de elevador e lá estava ele me esperando. Sai do elevador agradecendo a acessorista e então vi me esperando. Fui até ele sorrindo, nos abraçamos e nos beijamos. Então fomos até seu apartamento.
Nós entramos e fomos direto para o quarto. Tirei meus tênis sem usar as mãos e sentei-me na cama. Ele fez o mesmo.
Nos encostamos na cabeceira da cama e ficamos um ao lado do outro.
-Senti sua falta. -Ele disse e me deu um selinho.
-Eu também senti a sua. -Disse e o abracei.
-Você agora só quer saber da Ronnie. -Ele disse baixinho.
-Ela precisa de mim, . -Digo no mesmo tom, porém com um pouquinho de indignação.
-Acontece que você passa tempo de mais no hospital e esquece que eu existo. -Disse ele... Ai meu Deus.
-, meu amor, não vamos discutir isso agora está bem? Passamos pouco tempo juntos, vamos aproveitar. -Peço.
-O.k, você tem razão. -Ele diz e eu dou um selinho nele.
-Hm... Te falei da novidade? -Digo sentando-me na cama sorrindo.
-Quando que você iria falar? -Fala ele meio ironico.
-Ah.. Bem... É que a vai vir ficar uns meses aqui! -Falo contente.
- é aquela sua amiga? -Pergunta. -Sim! -Falo quase cantarolando a palavra.

Nós ficamos ali, juntinhos e assistindo filme até tarde... Amanhã tínhamos aula, mas... E dai? Nós tinhamos um ao outro e era isso que importava... Mal sabia eu que isso estava prestes a acabar.

Capitulo 23 - Eu sou uma péssima namorada! Eu senti falta disso, senti falta do seu beijo, do seu cheiro, do seu calor...

No dia seguinte eu acordei primeiro que . Eu estava com os braços em volta de sua cintura e ele estava com seus braços em torno de mim.
Levantei o rosto e percebi que ainda estava dormindo.
Meu anjinho.
Olhei no relógio: Sete e Vinte. Atrasados!
Comecei a acordar com beijinhos por todo o rosto. Então suas pálpebras começaram a tremer e ele abriu os olhos. Assim que ele me viu ele sorriu sem mostrar os dentes.
-Hmmmm, como é bom acordar assim. -Ele disse e me abraçou puxando-me para seu corpo. Estávamos colados.
-Bom dia, meu anjo. -Falei e dei um selinho nele.
-Eu estou no paraíso? -Ele perguntou brincando. -Bom dia, Princesa. -Ele disse e me deu outro selinho. Sorri.
-Mor, nós estamos atrasados. -Digo dando um beijinho no seu pescoço e ouço um baixo suspiro de sua parte.
-Se nós não estivéssemos atrasados eu poderia dizer realmente que estou no paraíso. Com a garota que eu amo em meus braços, me acordando com beijinhos, me chamando de anjinho.. -Ele diz e depois deita por cima de mim, apoiando seus braços na cama.
-! -Adivirto-o
-Eu sei. Estamos atrasados. -Ele diz e depois deposita um beijo em meu colo, e logo após em meu pescoço, fazendo com que eu me arrepiasse.
-! -Exclamei. -Estamos atrasados, sem tempo para putaria, please!
-E desde quando beijar a namorada é putaria? -Pergunta ele.
-Desde quando o pensamento de ambos é indecentes. -Disse normalmente.
-Você está pensando em coisas indecentes, é? -Pergunta ele com um sorriso malicioso. -Quem é você e o que fez com a minha namorada? -Brincou.
-Viu? Olha o que você faz comigo! -Exclamo. -Agora sai de cima de mim, por favor. -Peço apoiando meus cotovelos na cama e ficando mais perto de seu rosto.
-Eu não consigo. -Ele diz com a voz quase falhando. Então ele para de se apoiar na cama e coloca seus braços em torno de mim e me beija. Ele meio que cai por cima de mim pois seu peso não está mais sendo apoiado na cama. Eu também paro de me apoiar e coloco meus braços em torno de seu pescoço. Caímos na cama, mas ainda nos beijávamos.
Como eu sou a parte da relação que tem mais auto-controle, subi em cima dele e paro de beija-lo.
-Stop, . Please! -Digo arfando. A respiração dele também está acelerada.
Ele coloca as duas mão na parte baixa da minha cintura ainda tentando regularizar sua respiração.
-Só você mesmo para por um pouco de juízo nessa relação. -Ele falou sorrindo e eu também. Nossa respiração já estava se regularizando.
-Mas você sabe que eu me esforço também, não é? -Digo com um sorriso malicioso.
-Ô se sei. -Ele diz e nós rimos da voz que ele fez.
Sai de cima dele e coloquei os pés no chão. também se levantou e nós nos beijamos um pouquinho. Depois trocamos de roupa - ainda bem que eu levei uma muda de roupa para mim. Quando já estávamos prontos ele me pegou pela cintura e me beijou. Aprofundamos mais o beijo e acabou que caímos na cama - eu por cima dele, de novo. E eu finalizei o beijo com um selinho.
-Estou morrendo de fome e estamos totalmente atrasados. O que vamos fazer? -Pergunto e depois me levanto.
-Vamos dar uma passada no Starbucks. -Ele disse e eu assenti. Peguei minha bolsa e ele pegou sua mochila.
Descemos de elevador e fomos até o estacionamento. Pegamos o carro e fomos ao Starbucks mais próximo. Pegamos um lanche para a viagem e fomos comendo a caminho da Cornell.
Por um momento me esqueci até de Ronnie, mas recebi uma mensagem da mãe dela -Suzan- assim que descemos do carro.
'', não quero abusar de sua amizade com Ronnie mas estou com receio de deixa-la sozinha apenas com as enfermeiras hoje. Ronnie piorou durante a noite e eu preciso comprar alguns remédios para ela. Poderia vir aqui depois da escola?
Atenciosamente, Suzan.
''
-Quem é? -Pergunta preocupado, isso devia estar visível na minha cara. Ronnie piorou mais.
-É a mãe da Ronnie. Tinha até me esquecido dela. Que ótima amiga que eu sou! -Reclamei.
-VocÇe não é uma péssima amiga. -Diz ele.
-Sou sim, e também sou uma péssima namorada. Me desculpa. -Falei olhando para baixo.
-Hey. -Ele diz colocando um dedo em meu queixo e levantando minha cabeça. Ele me olhou nos olhos. -Você não é uma péssima namorada, está entendendo? Você não é uma péssima amiga. Você se preocupa de mais com as pessoas e esquece de se preocupar com você. Só isso. -Ele diz e eu dou um pequeno sorriso.
-Eu te amo. -Dei um selinho nele.
-Eu também te amo. -Ele disse e deu uma pausa. -Bem, e o que ela quer? Digo, a mãe de Ronnie.
-Ela disse que a Ronnie piorou essa noite e ela está com medo de deixa-la sozinha apenas com as enfermeiras, enquanto ela compra uns remédios. -Disse e ele assentiu.
Depois cada um foi para sua sala, a aula seguiu normalmente e depois eu fui até o hospital ver Ronnie.

Capitulo 24 - Já Chega!

Um mês se passou e já estava 'hospedada' em meu apartamento. Ronnie estava cada vez pior e eu ficava cada vez mais com ela e sua mãe. Eu quase não parava em casa e nem via mais . e eu brigávamos sempre que nos víamos pois ela queria ir para as baladas comigo e eu ficava no hospital com Ronnie. Ou seja: Todos que estavam a minha volta estavam se afastando de mim e por causa das minhas atitudes. E o pior era isso, era saber que era eu que estava afastando todos de mim. Mas o que eu podia fazer? Ronnie precisava de mim e eu tinha que ficar com ela nesses seus últimos tempos.
Sim, Ronnie estava cada vez pior e seu tempo estava acabando. A quimioterapia não estava adiantando.
-Chega, ! - Gritou . -Não dá mais!
Era duas horas da tarde e nós havíamos marcado de ficarmos juntos, mas acontece que Ronnie acabou tendo um exame marcado para hoje e eu queria ir ficar com ela. Vim na casa de avisa-lo e acabou dando nisso.
-, e-eu… -Eu já estava quase chorando. Não lembro-me de ver ele deste jeito.
-Chega, . Não dá mais. Não passamos mais tempo juntos, isso não é um relacionamento normal! -Gritava ele. -Você tem uma vida toda para viver, não pode continuar assim! Trancada em um hospital o dia todo, . Pensa em mim, pensa na sua amiga que veio aqui para passar um tempo com você e você a ignora para ficar o dia todo em um hospital! -Ele estava realmente muito alterado, não com a bebida - não era de beber - mas eu nunca havia visto ele daquele jeito.
-Ronie precisa de mim! -Gritei.
-Assim como todos nós precisamos de você. Não é só porque ela está mal que você tem que ficar só com ela e ignorar os outros, . As coisas não são assim.
-Você... Você está terminando comigo, é isso? -Pergunto fazendo um esforço para minha voz sair normal.
-Sim. -Ele foi seco ao dizer isso. Meu coração doeu e eu já não sabia por quanto tempo poderia esconder as lágrimas dentro de mim.
-Eu vou embora. -Disse depois de assentir e comecei a sair do quarto dele.
-Pensa no que eu te disse. Você está se afastando de todos, .
Eu assenti novamente.
Não, eu não vou chorar na frente dele.
Sai correndo. Como eu não tinha como ir de carro, fui andando chorando pelas ruas.
Hoje eu não iria ver Ronnie, a única coisa que eu queria era me atirar na cama e chorar.

Capitulo 25 - Reviravolta

Ao chegar no apartamento eu nem vi se estava em casa, sai correndo para meu quarto e me atirei na cama. Meu rosto no travesseiro que já estava ficando molhado por conta das lágrimas.
Cinco minutos depois não havia mais lágrimas para saírem e então eu ouço a porta do meu apartamento se abrir e logo depois alguém entra no quarto.
-! -Exclamou preocupada. - o que foi? -Perguntou ela e depois de uma pausa continuou -Ai, não. Não vai dizer que a Ronie... -Ela se interrompeu.
-Não. -Disse com a voz fraca e abafada pelo travesseiro.
-O que foi então? -Perguntou ela, sentando-se na cama e tirando meu cabelo do rosto que estava todo molhado.
Sentei-me na cama e passei a mão nos olhos e meu antebraço coberto pela minha camisa abaixo do nariz.
Olhei para que me fitava preocupada.
- terminou comigo. -Falei com a voz ainda fraca.
-Ai meu deus, . Eu sinto muito. -Falou ela e então me abraçou.
-Ele tinha razão. -Falei depois que ela me soltou e funguei.
franziu a testa.
-Eu não estava me comportando como uma namorada e... -Eu fiz uma pausa. -E nem como uma amiga para você. me perdoa? -Funguei novamente.
-Tudo bem, eu te entendo. Ronnie precisa de você. Só acho que poderia passar um pouquinho mais de tempo comigo. -Ela pediu e eu assenti.
-Agora vá lavar esse rostinho lindo que eu vou descer e comprar uns potes de sorvete e procurar uns filmes na internet para assistirmos. -Ela falou e eu sorri fraco.
-Obrigada. -Agradeci e pulei em cima dela dando-lhe um abraço.
Ela riu.
-O.k, o.k, não foi nada. Agora vai lá. -Ela sorriu e depois de eu assentir novamente sai correndo para o banheiro.
Assoei o nariz, lavei o rosto e... É, deu uma melhorada.
Meus olhos ainda estavam vermelhos e ardendo um pouco por conta das lágrimas mas estava o.k.
Voltei para o quarto e abri o notebook. Coloquei em um site que eu adoro e fiquei procurando por séries e filmes para assistirmos.
Não demorou muito e chegou com quatro potes de sorvete.
Ficamos no quarto com o notebook em cima das coxas de ambas e cada uma com um pote de sorvete para si.

Um tempo depois...

-Sei que você recusou meus convites várias e várias vezes, mas... Que tal ir para uma balada hoje? Sei lá, acho que você está precisando. -Perguntou .
Eu sorri para ela.
Sim, eu precisava esquecer de todos os problemas por pelo menos apenas uma noite.
-Eu adoraria! -Falei e ela sorriu.
Marcado então, hoje a noite iríamos para a balada.
tutz tutz tutz tutz

Capitulo 26 - Balada

Algumas horas depois...
-Uou! -Exclamou quando me viu com a roupa da balada.
Era um vestido preto, curto e colado no corpo. Ele tinha um pouco de brilho e ia até a metade da coxa. Estava usando uma sapatilha pois eu tinha 1,67 de altura e não queria ficar mais alta.
estava usando uma saia apertada azul e uma blusa branca com um salto alto prata.
Fomos de Táxi até uma balada que na verdade eu não me interessei saber o nome e depois de passarmos pelos seguranças e mostrar nossas identidades, conseguimos entrar.
Nunca havia ido em uma balada antes portanto só pude ficar de boca aberta.
Sério, aquilo estava LO-TA-DO e havia muita gente dançando.
Peguei pela mão e levei-a comigo até a pista de dança.
Era engraçado ver todos se divertindo e eu ter conseguido esquecer todos os problemas que tive durante a semana... Aliás, de que problemas estou falando?
Depois de dançarmos algumas músicas como Firework - Katy Perry e umas músicas eletrônicas, fui com beber alguma coisa... Como não bebo nada que contenha álcool peguei um refrigerante. pegou um licor e assim que ela pegou seu drink um cara que devia ter aproximadamente vinte anos começou a dar em cima dela.
Estávamos em uma balada e eu não ia ficar de vela.
Tomei mais uns goles de minha Pepsi e voltei para a pista de dança.
Quando voltei começou a tocar uma música que eu A-DO-RO, do Sean Kingston, cujo nome é Rum and Raybans.
Comecei a dançar e a 'pular' enquanto tocava e então senti alguém passar a mão na minha bunda.
Virei para traz mas o garoto já estava ao meu lado e então acabamos ficando de frente um para o outro.
-Hm... E ai gatinha, lembra de mim? -Perguntou o garoto.
Não.
Espera.
É o amigo do Gabriel?
Ele era um pouco mais alto que eu, moreno e estava mordendo os lábios. Era um gato... Bem sem vergonha e idiota, mas mesmo assim era um gato. Ele usava uma roupa normal, eu acho... Como eu disse: Nunca havia ido à uma balada e não sei que roupa os garotos costumam ir.
-Bem, em primeiro lugar: Não passe a mão em mim novamente. Em segundo lugar: Não sou sua gatinha. E em terceiro mas não menos importante: Sim, eu lembro de você. -Falei em um tom meio irônico, porém um pouco auto por causa da música.
Ele sorriu e me olhou da cabeça aos pés, ainda mordendo o lábio inferior.
Mordi o meu também.
-O que foi? -Perguntei.
-Nada. -Ele sorriu de novo. -Posso ficar aqui com você?
Dei de ombros.
E então começou a tocar Beautiful Girl, também do Sean Kingston.
lol, aquilo estava muito bom.
-Ah.. Eu vou sair daqui. -Falei para Tresh, mas ele me parou.
Sim, Tresh era o nome dele.
Soltei-me de seu aperto ainda encarando-o mas ele me puxou novamente e foi me levando para algum lugar. Não consegui soltar-me novamente.
Ai.
Ele me levou até um canto e deixou-me na parede de modo que ele ficasse de frente para mim.
-Devo admitir , você está bem... Humm -Ele me analisou de novo.
-Imbecil, solte-me! -Falei alto pois a música ainda estava bem alta.
-Você não me escapa, baby. -Ele disse com uma voz sedutora.
Ele estava prendendo-me contra a parede e segurando meus pulsos, ele estava próximo de mais para dar um chute no meio de suas pernas.
Ele beijou minha clavícula e eu senti nojo.
Ele me olhou com uma cara maliciosa e eu o encarava brava... Quase cuspi em sua cara, mas bem na hora eu vi perto de nós.
Quase gritei para chama-lo mas nessa hora Tresh me beijou e soltou meus braços para poder passar a mão por meu corpo.
Comecei a bater nele e tentar me afastar mas ele era mais forte que eu.
Mordi sua boca um tanto forte e ele me soltou, xingando-me.
-Por que fez isso sua idiota?! -Exclamou.
Tentei sair mas ele me puxou de novo e com mais força.
-Solte-me! -Gritei e bati em sua cara. Ficou vermelho.
-Agora você me paga. -Ele disse e dessa vez me deu medo. Ele me tocou com tudo na parede e começou a me beijar, o que não deu muito certo já que eu não retribuía.
Tentei chuta-lo novamente mas ele estava com o corpo TODO pressionado ao meu.
Depois de frustrantes tentativas, consegui empurra-lo. Ele me olhou furioso.
-Para de ser difícil, garota. -Ele disse se aproximando de novo e colocando uma mecha do meu cabelo para trás de minha orelha. -Você quer isso, eu sei. Deixa eu sentir sua língua na minha boca, gatinha. -Ele disse e então uma ideia veio em minha cabeça.
-Ah, então você quer provar minha saliva? -Perguntei jogando minha cabeça um pouco para trás. É nojento, eu sei. Mas é o que o beijo que ele quer é: Uma troca de salivas.
-Muito. -Ele disse e eu sorri maliciosa. Ele se aproximou um centímetro a mais de mim e eu cuspi em seu rosto.
Aproveitei seu choque para correr. Ele saiu correndo atrás de mim mas eu acabei esbarrando em alguém.
Olhei para a pessoa.
-
Ai. Não.
Ou.. Sim, sim, sim. Me ajuda, PELO AMOR!
Olhei para ele com os olhos abertos um pouco de mais. Eu estava assustada com o fato de encontrar Tresh aqui. Bem, ele é um trouxa filho da puta que nem o seu amiguinho Gabriel e que eu achei que não veria nunca mais!
colocou-me para trás dele assim que Tresh chegou perto.
-Larga minha garota. -Disse Tresh.
-Sua garota? Não, não. Você se enganou colega, ou você não percebeu que ela não quer nada com você? -Disse .
Tudo o que eu tinha esquecido sobre hoje de manhã voltou em minha cabeça. Nossa briga, o jeito que ele falou comigo. Sua voz.. A dor e a raiva em sua voz.
Meu coração se apertou.
Apertei seu braço, no qual eu estava me segurando desde que ele colocou-me para trás de si.
-, não. -Pedi baixinho, mas duvido que ele tenha ouvido por causa da música.
Bem, acontece que ele me ouviu e passou as mãos em meu braço.
Ó céus, seu toque.
-Quem você pensa que é pra dizer se ela quer ou não alguma coisa comigo? -Pergunta Tresh.
-Eu sou o.. -Ele se interrompeu.
O que ele iria falar? Ele terminou comigo hoje.
-Sou amigo dela. -Ele disse por fim, com um suspiro.
Amigo.
-Amigo é? Bem, parece que vai ficar só nessa zona ai mesmo. Agora deixa que com ela eu me entendo. -Ele disse se aproximando mais de mim todavia me empurrou para trás - sem força nenhuma para me machucar, obviamente- e ficou mais ainda na minha frente.
-DEIXA. ELA. EM. PAZ! -Ele falou entre dentes e pausando um pouco a cada palavra dita.
Aproximei-me mais dele.
-Por favor, por favor, não vale a pena. Deixa. -Falei próximo ao seu ouvido e pude ver que ele se arrepiou. Provavelmente pela surpresa de eu acabar me aproximando dele agora.
Ele não deu sinal nenhum de que iria dar-me ouvidos.
Suspirei.
-Por favor. -Fiz uma pausa curta. -Me tira daqui. -Completei, ainda falando próximo ao seu ouvido.
Ele assentiu. Voltou-se para Tresh e disse: -Se eu ver você perto da de novo, eu vou.. -Ele não terminou a frase pois eu puxei-o. Ele era, obviamente, mais forte que eu, ou seja: ele poderia muito bem ter ficado ali, parado, mas resolveu fazer o que eu pedia silenciosamente e eu agradeci silenciosamente por ele me entender tão bem.
Depois, quando estávamos fora da balada, na rua, bem em sua frente eu falei:
-Obrigada... Por me segurar lá e.. Por me tirar de lá. -Falei.
-Quem era ele? -Ele perguntou com um tom de raiva em sua voz.
-Era o Tresh. Ele era da minha antiga escola. É um imbecil como todos os outros que estudavam lá... Bem, como a maioria. -Expliquei e dei de ombros. -Olha, obrigada mais uma vez. Eu vou pegar um táxi. -Disse me virando de costas para ele.
-Não. -Ele disse me alcançando e virando-me para ele. -Vem comigo, eu te levo.
-Olha, , eu só pedi para você me levar embora de lá para você sair de lá. Isso não tem nada a ver com você e não tinha o porquê de vocês brigarem e... -Ele me interrompeu.
-Não tinha o porquê? Não tem nada a ver comigo? -Ele ficou perguntando. -Olha, , se você percebeu o cara estava quase... quase.. -Ele não conseguiu completar a frase.
-Eu entendi sim! Mas não tem nada a ver com você, .
-Tem sim, ! Nós somos... Nós somos amigos, não somos?
-Não estou sendo uma boa amiga no momento. Na verdade, não estou sendo boa em nada! -Resmunguei a última parte.
sorriu fraco.
-Vem. -Ele pegou minha mão e puxou-me até seu carro, que não estava longe.
Ele abriu a porta do carona, na frente, para mim como de costume e eu me sentei. Ele fechou a porta e depois deu a volta para sentar-se em seu lugar. Nesse tempo eu já havia colocado o cinto.
Ele ligou o carro e o rádio, diferente do que tocava na balada a música era calma. Eu amava aquela música, era cantada por One Directionmas foi cosposta por Ed Sheeron - Little Things.
Your hand fits in mine
Sua mão se encaixa na minha
Like it's made just for me
Como se fosse feita só para mim
But bear this in mind
Mas mantenha em mente
It was meant to be
Isto era destino
Comecei a relaxar e a prestar atenção na letra. Essa música era realmente boa e me acalmava.
And I'm joining up the dots
E estou ligando os pontos
With the freckles on your cheeks
Com as sardas em suas bochechas
And it all makes sense to me
E tudo faz sentido para mim
-Você está bem? -Perguntou .
-Sim, sim. E você? -Perguntei sem virar-me para ele.
-Tô bem. -Ele disse e fez uma pausa.
-Como foram os exames da Ronnie?
-Eu não fui vê-la. Passei a tarde com . -Falei sem desviar os olhos.
-Que bom. -Ele falou e eu sabia que ele realmente achava isso bom. Não era ironia.
-Foi por ela que eu vim na balada. -Disse dando de ombros.
-Ah, e falando nisso... Quem era o cara? -Perguntou.
-Ah, era só um idiota da escola antiga. -Dei de ombros novamente e então olhei em direção a .
-Eu... -Ele começou e então limpou a garganta. -Eu posso perguntar o por quê?
Eu ri fraco e virei-me para frente, fitando a rua que passava por nós.
-Já perguntou. -Falei e virei-me novamente para ele.
Suspirei.
-Não gosto de lembrar desses dias. -Disse sincera e em um tom baixo.
-Desculpa eu... -Ele começou a dizer, porém eu o interrompi.
-Tudo bem, eu te digo. -Falei e passei as mãos no cabelo ajeitando-o todo, desde a testa até metade de seu comprimento e então coloquei-o todo para o meu lado direito.
-Encurtando totalmente a história: Eu gostava de um amigo dele e quando nós estávamos quase nos beijando eu disse que nunca havia beijado antes e pedi para ele não contar isso para ninguém. Ele contou para esse estúpido e toda a escola ficou sabendo. Todos me zoavam e falavam de mim... Foi um dos piores acontecimentos da minha vida. Mas foi por causa deste acontecimento que conheci . Então... -Dei de ombros.
-Ah, ... -Ele não sabia o que dizer, e então eu percebi que estávamos acabando de chegar no meu Apê.
-Tudo bem, esquece... Bem, obrigada pela carona. -Falei e dei um sorriso fraco sem mostrar os dentes.
Que vontade enorme de beija-lo.. Mas eu fiz merda e tinha que arcar com as consequências.
Abri a porta e ao bate-la só pude ouvir um 'não há de quê' vindo de .

Capitulo 27 - Ele sempre está lá.

Para esquecer de todo o ocorrido decidi pegar o notebook e ver The Vampire Diaries depois de ter tomado um banho quente e deitado em minha cama.
Vinte minutos depois, meu celular começa a tocar Chances - Five For Fighting. Era .
-Onde você está? Está tudo bem? O que aconteceu? -Perguntou apavorada e sem me dar tempo de responder. -Responde, porra!
-E-eu estou bem, , calma. Conversamos quando você chegar.
Ouvi um suspiro de alivio no outro lado da linha.
-Podia ter avisado. -Falou ela.
-Desculpe, foi tudo muito rápido.
-Eu já estou voltando, vou desligar.
-O.k.
E depois de desligar o celular dei play novamente e fiquei assistindo a série.
Meia hora depois...
-Cheguei. -Disse e se atirou ao meu lado da cama.
-Percebi. -Disse pausando a série novamente.
-E ai, o que deu? -Perguntou tirando seus sapatos com os próprios pés e sentando-se ao meu lado.
-Tresh Dukhan. -Falei.
-Mas o que? - perguntou espantada.
-Pois é. Ele... Ele tentou... Ah, você entendeu. -Falei e ela arregalou os olhos. -Mas não aconteceu nada, calma, estava lá. Eu cuspi na cara dele, digo, na cara de Tresh, e depois sai correndo, me pegou.
E foi aí que eu me dei conta de que sempre estava lá. Ele sempre está comigo, não importa o que eu faça. Ele nunca falha.
-? Ele te trouxe pra cá? Como assim? Me conta tudo, com detalhes. Aff, não acredito que perdi tudo isso por causa de uns amassos.
Eu ri e fiz o que ela pediu, contei tudo com detalhes. Falei até de como me senti quando vi que estava lá.
-Porra! -Exclamou . -Olha, os amassos foram bons, mas isso? Uou! Eu queria ser uma mosquinha para ir na casa de a essa hora e ver como ele está depois de te ver daquele jeito... Ou então ser um telepata como Edward Cullen e ler seus pensamentos.
Eu ri.
-O.k, agora eu estou com sono. Boa noite. -Disse colocando o notebook na cômoda ao lado da cama e me deitando de lado em posição fetal.
-Chata. - deu lingua e foi ao banheiro tomar banho.
Adormeci.


Capitulo 28 - Eu estou mudando

Domingo.
Acordei as 11:45, estava preparando a comida - senti o cheirinho bom vindo da cozinha.
Levantei-me e fui ver se ela não estava colocando fogo na casa.
-E a ressaca? -Perguntei com os olhos semicerrados pois o sol entrava pela janela e batia bem em minha cara.
-Nada de mais. Uma leve dor de cabeça, mas já passou. -Disse ela.
-Hm -Murmurei e voltei para o quarto.
Lavei o rosto, troquei de roupa e depois de almoçarmos fui até o hospital ver Ronnie.
-Oie. -Disse ao entrar em seu quarto.
-Oi, . -Ela disse com um sorriso no rosto.
-Desculpe não vir ontem, não estava muito bem. Como está? -Sento-me aos pés de sua cama.
-Eu estou indo.. Mas o que aconteceu? Ta melhor? -Perguntou-me.
Mas e agora? Conto ou não conto?
Amigas são sinceras, né?
- e eu terminamos. Mas já estou bem. -Acrescento rapidamente.
-Oh. Eu sinto muito. -Fala-me Ronnie.
-Não foi nada... Mas e os exames de ontem?
-Nada de mais. Hoje eu raspo o cabelo.
-Ah, Rô.. -Lamentei.
-Eu já vi umas perucas, tem umas legais. -Ela deu de ombros.
Ficamos conversando até as quatro horas, quando a chamaram para cortar o cabelo. Eu e a mãe de Ronnie estávamos lá para dar apoio. Ela foi forte e aguentou todo o processo. Todos sabem o quanto o cabelo é importante para a maioria das garotas -mesmo que elas xinguem ele- mas Ronnie aguentou tudo.
Depois vimos outras perucas e rimos vendo videos na internet pelo notebook.
As seis horas eu estava de volta em casa e eu e fomos ver um filme de comédia. Rimos muito e depois dormimos.
Escola, Segunda feira - Oito horas
Já era para o professor estar na sala de aula mas eles sempre atrasam. estava no seu curso -fotografia. Ela trancou sua faculdade de letras, descobriu que não é isso que realmente gostaria de fazer- e ficaria até as três. Sinal de que eu sairia da escola e iria ver Ronnie, as três eu volto e ai eu passo a tarde com .
Sentei-me em um pedaço de concreto um pouco alto e fiquei balançando meus pés que não encostavam no chão enquanto ouvia She Will Beloved pelo fone de ouvido.
Essa música, infelizmente, me lembrava de .
Daqui, posso ver ele com alguns amigos do outro lado da escola.
Sinto algo apertando minha cintura e viro-me para ver quem é. Thiago.
-Oi! -Digo sorrindo.
-E ai, . -Ele senta-se ao meu lado. -Não vai matar aula, vai? -Ele levanta uma sombrancelha, o que me dá inveja pois eu não consigo levantar apenas uma sobrancelha!
-Não, por favor, olhe com quem você está falando, baby.
Nós rimos.
-É, tá... E como está a Ronnie? -Pergunta-me ele.
-Indo. -Suspiro. -Ela raspou o cabelo ontem.
-Ah. Sinto muito. -Diz ele. -Você vai ver ela hoje?
-Sim, sim. Sairei da escola e irei diretamente para lá.
-Mande beijos para ela.
-Irei mandar. -Sorri.
-E o ? -Ele diz apontando com o queixo para frente. Virei-me para frente e vi nos olhando.
Virei-me para Thiago.
-Terminamos. -Digo.
-Oh.
-Pois é.
E encerramos o assunto ai.
-Venha, o professor chegou. -Ele disse descendo do concreto e estendendo a mão para que eu faça o mesmo. Pego sua mão e dou um pulo para descer.
Solto a mão dele, arrumo minha bolsa do Mickey e seguimos até a nossa sala.
Passamos por mas fingi não perceber. Não queria que o clima entre nós ficasse ruim mas também não ia sair dando sorrisinhos como se nada nunca houvesse acontecido.
Entramos na sala e Thiago sentou-se ao meu lado.
-A relação de vocês dois está.. Hum.. Ruim? -Ele pergunta e deve estar se referindo a parte de eu nem olhar na cara de agora a pouco.
Termino de pegar os materiais em minha bolsa e ele faz o mesmo com sua mochila preta.
Dou de ombros assim que me arrumo.
-Não sei. -Digo sinceramente.

Depois da aula - que eu farei o favor de pular toda a chatice que foi - fui de ônibus até o hospital.
Chego no quarto e... Bem, lá estava ele.
-Ooi. -Digo largando minha bolsa em uma cadeira que tinha logo na entrada.
-Ei, . -Disse Ronnie com um sorriso enorme que mostrava os dentes.
-Ei, Ronnie. -Disse sentando-me ao seu lado na cama.
-Oi, . -Disse que estava sentado em uma poltrona praticamente de frente para mim.
-Oi, . -Digo dando um sorriso fraco sem mostrar os dentes. -E então, o que estavam fazendo? -Pergunto largando as mãos em meu colo.
-Conversando. -Ela disse e deu uma piscadela para , que riu auto.
-Ah, de boa... Foi mal atrapalha-los. Vou buscar algo para comer. -Digo levantando-me. -Vão querer alguma coisa?
-Aaah, eu quero que o pegue um sanduíche para miiim. -Diz Ronnie com uma daquelas crianças manhosas.
-Eu posso pegar um sanduíche para você, Ronnie. -Digo revirando os olhos.
-Mas eu quero que o vá contigo pegar um sanduba pra mim, ué.
E então, eu, que já estava virada para a porta virei-me e olhei para que não expressava nenhuma reação.
Afinal, o que esses dois estavam aprontando?
Dei de ombros e sai do quarto. veio atras e me alcançou.
-Por que veio tão cedo? -Perguntei quebrando o silêncio, e na real essa era uma grande dúvida. O que ele fazia ali, afinal?
-Não sei. -Ele deu de ombros. -Como vão as aulas?
Sério que ele iria mudar de assunto drásticamente?
-Bem, e as suas?
-Também. -Diz ele e então faz uma pequena pausa. -Te vi com Thiago, hoje.
Puta merda, . Ciúmes agora?
-É. -Disse e fiz uma pausa, igualmente a ele. E então lembrei do intervalo, infelizmente. Preferia não ter lembrado. -Te vi com Layla.
Sim, eu vi ficando com a tal de Layla na hora do intervalo perto dos bebedouros.
Layla era loira e tinha olhos azuis. Era mais baixa que eu, um metro e cinquenta e cinco mais ou menos, e todos sabem que os garotos preferem garotas mais baixas do que eles, não é? Isso é muito bullying comigo, pois possuo entre um metro e sessenta e sete e um metro e setenta, setenta e um, por ai. Não me acho alta, mas todos dizem que sou.
olhou-me quase espantado e então mudou a expressão rapidamente e eu quase pensei que fora impressão minha.
-A é? -Perguntou-me.
-Uhum. -Murmurei e então nós chegamos.
Fomos para a fila dos sanduíches.
Quer saber? Por mais que eu ainda o ame, até porque o que tivemos não será fácil de esquecer -pelo menos para mim, pois ele eu acho que já esqueceu- eu não posso deixar de ser feliz e viver a minha vida só porque ele ficou com outra garota. Não estamos juntos. Dane-se, ele que fique com essas vadiazinhas.
-Hum.. E tocando no assunto, como foi a balada na noite retrasada? -Perguntei.
-Hã?... Ah, foi.. Foi ridícula, péssima.
E então me lembrei de Tresh.
-Desculpe acabar com sua noite na balada. -Disse e virei-me para fazer o pedido, já era a minha vez. -Um sanduíche com três fatias, por favor. -E então, depois de pegar o bilhetinho, virei-me para .
-Você não acabou com ela. Meu dia já havia sido arruinado a tempos. -Disse-me ele e toda a tarde daquele dia veio em minha cabeça. Faz tão pouco tempo assim? Para mim já havia se passado no minimo, uma semana. Mas o tempo passa rápido de mais.
Assenti sem perceber e me fui para a fila ao lado, aquela na qual pegaria e pagaria pelo sanduíche.
foi comigo.
-Ué, não vai pegar o de Ronnie? -Perguntei.
-Acho que ela não queria realmente ele.
-Argh, sim. -Disse e revirei os olhos.
Depois de pegar o sanduíche fui comprar uma latinha de refri.
-Não vai comer nada? -Perguntei enquanto íamos comprar a latinha.
-Só um refri. -Ele disse tirando o dinheiro que estava na carteira no bolso de trás da calça.
-Duas latinhas de refri, por favor. -Disse ele colocando o dinheiro em cima do balcão.
-Oh, não... -E então ele me interrompeu.
-Shhh. -Foi apenas o que ele disse.
-Mas o que.. ? -Fui prostestrar mas ele estendeu a lata para mim. Olhei para a latinha, peguei-a e olhei para ele.
-Obrigada. -Minha voz saiu quase em um sussurro.
-Não há de quê.
E ai eu percebi que não daria para ficar longe dele, mesmo que fossemos apenas amigos. Isso já bastaria.
Sorri fraco e fomos nos sentar em uma das mesas vazias com lugares apenas para duas pessoas.
Eu estava comendo e olhava para nada em especial, eu nem sabia que estava olhando para algum lugar até falar comigo.
-O que foi? -Perguntou-me ele.
-Ein? -O olhei.
-Você não para de encarar o chão atras de mim.
-Oh. Eu nem percebi.
-Pensando? -Perguntou.
-Não exatamente. Sabe quando nada se passa em sua cabeça mas mesmo assim você não consegue prestar atenção em nada ao seu redor?
e ele assentiu.
-Sei. -Respondeu.
Mais uns segundos de silêncio e foram quebrados, novamente, por ele.
-Como vai para casa depois? -Pergunta.
-ônibus, ou taxi. -Respondo e dou de ombros.
-Que horas irá sair?
-As duas e meia. -Digo.
-Posso te dar uma carona.
-Não precisa.
-Faço questão.
- você.. Nós não.. -Não achei palavras legais para usar e por isso ele meio que me interrompeu.
-E daí? Eu quero te dar uma carona, não posso? Somos amigos, antes de tudo. Lembra?
Engoli em seco e assenti.
Havia acabado de comer e juntei os papéis de boca para joga-los fora.
-Vou ao banheiro antes de voltar. Pode ir indo. -Falei e ele assentiu.
Fui em direção as lixeiras e depois de ver que ele não estava mais por ali, fui até o banheiro e liguei a torneira. Deixei-a escorrendo enquanto pensava em tudo e as lágrimas começaram a escorrer em meu rosto.
Idiota.
Lembrei de ver ele ficando com Layla, o jeito que pegou a cintura dela. Cerrei as mãos deixando mais lágrimas escaparem. Depois de um tempo me recompus, sequei as lágrimas, me olhei nos espelho.
Ótimo, estou bem e agora, , se te perguntarem: Você estava enjoada.


Capítulo 29 - Lições para toda a vida

Saí do banheiro e fui até o quarto de Ronnie, cheguei lá e ela estava com um sorriso enorme no rosto enquanto falava com .
Aprenda com ela, digo a mim mesma.
Mesmo com todas essas dificuldades ela sorri. Pare de chorar por um cara, olhe o dia lindo que te cerca, olhe as paisagens bonitas. Veja as flores nos jardins, os pássaros cantando. Você é feliz!
Com este pensamento, sorri. Mesmo emocionada e quase deixando as lágrimas caírem, eu sorri. Um sorriso verdadeiro de quem havia acabado de aprender uma lição.
-Você está bem? -Ronnie perguntou, preocupada.
-Eu estou ótima. -Digo sentando-me na cama, ao seu lado e a abraçando.
Ela e estavam intrigados com meu repentino... Ahn.. Com a minha súbita mudança de humor, digamos assim.
-Obrigada por entrar na minha vida, Ro. -Falo e deito minha cabeça em seu ombro.
Um nó enorme se forma em minha garganta. Não, eu não vou chorar.
-Você está bem, ? -Perguntou-me .
-Eu já respondi. Estou ótima. -Minha voz estava falhando. Sento-me ereta na cama e me recomponho.
-Ah, quase me esqueci. Thiago mandou-lhe um beijo, Ro. -Falei indiferente e só depois de olhar para e ver a cara dele foi que eu percebi que estava falando sobre Thiago na frente dele.
Ah, grande coisa. Dane-se.
-Ahn... Ah, fiz uma laylist nova para você e trouxe em um pendrive. -Digo levantando-me da cama e indo pegar minha bolsa.
Revirei-a procurando pelo pendrive e enfim o achei.
-Aqui. -Disse e fui até ela. -Separei por álbum e as que são diversificadas, por gênero.
-Valeu, . -Ela disse me abraçando.
-No pendrive eu tambe´m coloquei livros pra ti ler. -Sorrio.
-Diva linda, maravilhosa. O que seria de mim sem você? -Brincou Ronnie exageradamente e eu revirei os olhos, rindo.
-De boa, esqueceram que eu estou aqui? Mas tudo bem, vão lá, sigam em frente. -Brincou , ou não.
Olhei para ele e revirei os olhos de novo.
Ronnie e eu rimos.

Depois, as duas horas, e eu nos despedimos de Ronnie e fomos até o carro.
-É inacreditável. -Diz antes de chegarmos ao carro.
-O que é inacreditável? -Pergunto.
-A Ronnie. Ela... Ela está feliz.
-É, eu sei. E isso me faz bem, sabe? Essa lição toda que ela está me dando. -Digo.
E então nós já estamos na frente do carro preto.
destranca as portas e eu abro a minha antes que ele possa tentar abri-la.
Entramos no carro, um de cada lado, e colocamos o cinto.
-Eu sei, é uma grande lição de vida. -Disse-me ele e eu assenti.
E então começou a dirigir.
-Eu aprendi muito desde que cheguei aqui. Não me arrependo de nada pois todas minhas escolhas fizeram com que eu aprendesse algo importante. -Continuo falando, sem me importar se ele está me escutando ou não.
-Isso é bom. -Ele diz depois de alguns segundos de silêncio.
Eu assinto.
Continuamos no silêncio até chegar ao meu apartamento.
-Obrigada pela carona... Mais uma vez. -Digo e abro a porta do carro.
-Não há de quê. -Ele diz. Mas então sua expressão muda e ele olha para além de mim.
Viro-me e deparo-me com Gabriel.

Capitulo 30 - E ele volta.

-Quem é? -Pergunta-me , sem tirar os olhos do rapaz.
-Gabriel. -Digo. Minha garganta seca.
O que ele quer aqui?
Saio do carro agarrando-me à porta.
-Tchau, . -Digo encarando Gabriel e então fecho a porta. Mas não liga o carro.
-Uou. -Diz Gabriel. -?
-Oi. -Digo.
-Você está... Diferente. -Ele fala.
-É. -Apenas concordo.
Depois de uns segundos de silêncio, pergunto: -O que faz aqui?
-Vim me desculpar por Tresh. -Ele dá de ombros e eu faço um sinal com a mão, erguendo o dedo indicador como se dissesse: Um segundo. E então viro-me para o carro e abro a porta que eu havia fechado recentemente.
-O que foi? -Pergunto a .
-Só queria saber se você vai ficar bem. -Engoli em seco.
-Sim. -Falo com a voz falha enquanto assentia.
-Tá.. Qualquer coisa, me liga. -Diz ele e eu assinto apesar de ter excluído o número dele do meu celular no dia em que terminamos. Foi difícil mas eu sabia que não tinha volta e que se fosse assim, devia apagar qualquer sinal que ainda me ligava a ele. Não foi o suficiente.
-Você ainda tem meu número, não tem? -Pergunta ele, erguendo uma sobrancelha. Que raiva! Até ele consegue levantar uma sobrancelha e eu não. Que Bullying!
-Érr... Aham. Tenho. -Falo, mas ele sabe que é mentira.
-Tá. -Disse-me e eu fechei a porta, logo a seguir ele deu a partida do carro.
Voltei-me para Gabriel.
-E então? -Pergunto. Um pouco fria de mais.
-Qual é, . Você ainda vai me condenar por aquilo?
-Sim. -Disse e reviro os olhos enquanto passo por ele. Mas ele puxa-me pelo pulso.
-. Não fui eu, beleza? Eu só... Só contei para o Tresh. Ele era meu melhor amigo, pô. Ainda é.
-Mas eu pedi pra não contar para ninguém! Mas quer saber? Dane-se, não muda nada agora. -Digo soltando-me dele.
-O que posso fazer para voltar a ser seu amigo? Sinto sua falta. Das conversas que tínhamos. Você é a única amiga verdadeira que eu tive e estraguei tudo.
Sim, isso me comoveu. Também nunca tive amigos homens... Antes de .
-Você está sendo sincero quando diz que quer voltar a ser meu amigo? -Pergunto, no fundo acho-me uma idiota por estra dando papo a ele e acreditando no que ele fala. Mas talvez lá no fundo ele esteja falando a verdade.
-Sim. -Ele responder.
-Promete não me decepcionar novamente?
-Prometo?
E é nesse momento que eu o abraço e ele retribuí. E eu estou na ponta dos pés pois ele é alguns poucos centímetros mais alto que eu, mas ainda é. Na verdade, não são muitos garotos que são muito mais altos que eu. não é.
-Não gosto de sentir raiva. -Digo ao mesmo tempo que ele falou : -Senti sua falta.
Afastei-me dele para ver seu rosto e então sorrimos.
-Quem era o cara? -Ele perguntou apontando com o queixo para o local onde o carro de estava a poucos minutos.
-Um amigo... Eu acho. -Respondo.
-Parecia mais que isso. -Diz-me ele.
-Ele era meu melhor amigo, aí começamos a namorar e eu errei feio com ele e tudo acabou dois sias atrás. -Falei dando um sorrisinho que logo se desmanchou quando Gabriel me apertou contra sí.
-Sinto muito. -Ele diz.
-Não... Tudo bem.
-Mas sabe o que é legal? -Ele pergunta.
-O que?
-Vocês continuam se falando. -Ele diz e eu o olho.
-É. -Murmuro. -Quer entrar? -Pergunto e saio de seu abraço.
-Tá. -Ele reponde e então nós subimos

-? -Pergunto ao abrir a porta.
-Até que enfim. Achei que não chegaria nunca e... -E ela apareceu na sala e viu Gabriel comigo. -O que ele faz aqui? -Pergunta ela franzindo a testa e apontando para Gabriel.
-Oi, . -Ele dá um sorriso que logo se desfaz.
-Explica. -Ela diz olhando séria para mim e eu suspiro.
-Encontrei Gabriel assim que desci do carro de e. -Antes de eu completar ela diz:
-Espera. Para. O te trouxe? COMO ASSIM? -Ela estava em êxtase e só então lembrou-se de Gabriel. -O.k, conversamos sobre depois. Continue.
-Obrigada. -Digo. -E então ele me pediu desculpas pelo Tresh, conversamos, fizemos as pazes e agora ele está aqui. Fim.
-Ah, ótimo. Vou para o quarto, me chame quando ele sair. -Ela disse se dirigindo ao quarto.
-Hey, ! -Protestei, mas ela não se virou e eu não fui atrás dela.
Suspiro. -Sente-se. -Digo virand-me para Gabriel e apontando para a poltrona preta.
Fiz o mesmo sentando-me em uma idêntica.
-Desculpe por . -Digo.
-É. Ela ainda não gosta de mim. -Ele disse e eu assenti.
----------
Ficamos conversando por mais uma meia-hora até ele ir embora.
Dez minutos depois o meu telefone toca.
-Alô? -Pergunto ao atender.
-Tudo bem aí? -Pergunta uma voz totalmente conhecida.
Será que é ele mesmo?
Obvio que sim, .
-? -Pergunto.
-Sim. Está tudo tranquilo?
-Sim... Mas... -Não terminei a frase.
-Fiquei preocupado. Tudo bem então. Boa noite. -Ele diz e desliga o telefone antes que eu possa dizer o mesmo.
-Boa noite.- Murmuro para o telefone já desligado.
Levo meu celular ao peito e escorrego pela parede até sentar-me no chão.
Maluco. Penso. Mas eu o amo.
Não.. Não amo.

Capítulo 31- Lies

-Até que enfim. -Diz .
-Hey, o que foi? -Pergunta ela ao me ver no chão.
- ligou. -Falo baixo.
-E o que ele queria? -Perguntou-me.
-Saber se eu estava bem. E depois de eu dizer que sim e tal ele me deu boa noite e deligou o telefone antes que eu falasse qualquer coisa.
-Nossa, que estranho.
-Sim. -Digo e me levanto do chão. -Vou tomar um banho. -Digo.
-Tá, mas depois quero saber desse lance com o Gabriel.
-Não tem lance nenhum. -Digo revirando os olhos.
-Não estou falando esse tipo de lance. -Ela revirou os olhos também.
-Ótimo, então não tem o que saber. -Dou um sorriso pequeno e irônico.
-Aff.
-Aff. -Retruco e pego a toalha. Vou-me para o banho.
Coloco meu celular na playlist e começa a tocar Just Give Me a Reason da P!ink, a única música que tenho dela no meu celular e então começo a cantar.
I'm sorry, I don't understand
Desculpe-me se não entendo
Where all of this is coming from.
De onde é que tudo isto está vindo
I thought that we were fine (oh, we had everything)
Pensei que estivéssemos bem (oh, tínhamos tudo)
Your head is running wild again
Sua cabeça está perdendo o controle novamente
My dear, we still have everythin'
Minha querida, ainda temos tudo
And it's all in your mind (Yeah, but this is happenin')
E está tudo na sua mente (Sim, mas isto está acontecendo)
E como dizer que pelo menos alguma frase me lembra de ? Eu ainda estou tão ligada a ele.
E... Falando em ligação, penso em The Vampire Diaries.
''Desligue-se''
Mas como? Como vou desligar-me de meus sentimentos?

------------
Saio do banho com a intensão de me jogar na cama e dormir, mas está me esperando.
-O que foi, agora? -Pergunto.
-A conversa... Sobre Gabriel.
-Merda. -Murmuro.
-Isso, ele é um merda.
-Não... Ele pediu desculpas, me explicou.
-Ele destruiu com a sua vida no colégio, . Para de ser trouxa!
-Ele não acabou com a minha vida. Foi infantilidade tudo o que aconteceu naquela época. Eramos crianças que não aceitavam ser chamadas de crianças.
-We are the world. -Ela começou a cantarolar.
-We are the children. -Continuei.
-We are the ones who make a brighter day. -Cantamos juntas e depois sorrimos e rimos.
-Agora, querida amiga. Se você for bem boazinha irá deixar sua melhor amiga descansar para seguir em frente amanhã. -Digo deitando-me de costas.
-E quem disse que eu sou boazinha?
-Uuuui, você fala isso pro ? Por que eu acho que ele ia adorar. -Fiz uma pequena pausa. -Ué, falando nele... Por que até hoje, desde a sua volta, você não tocou no nome dele?
-Eu achei que você tinha esquecido dele, tinha esperança de que nunca fosse perguntar. -Ela murmurou.
-O que foi, ? O que aconteceu?
-Better run for cover
Melhor correr por proteção
He's a hurricane full of lies
Ele é um furacão cheio de mentiras
And the way he's heading
E do jeito que ele está indo
No one's getting out alive
Ninguém sairá daqui vivo
So do us all a favor
Então nos faça um favor,
Would you find somebody else to blame?
Encontre alguém mais para culpar?
cantarolava baixinho, segurando o choro e trocando palavras de 'você' na música por 'ele'.
Ele mentiu para ela... Mas sobre o que?
-Me diz o que aquele cretino fez com você! -Falei já brava com o imbecil. Ele parecia tão legal.
-Jéssica. -Ela falou com a voz fraca.
-O'shean? -Pergunto surpresa.
Ela respirou fundo e ergueu a cabeça. Ela estava brava... Com ele. E pude ver sua raiva em seus olhos.
-Ele dormiu com a vadia e ela tirou foto e mandou por mensagem para todos da escola.
-Puta merda! -Quase gritei. -Cretino desgraçado. Eu vou arrancar o que... -Eu estava doida com ele e ela me interrompeu antes que eu terminasse a fala.
-Foda-se ele. -Ela disse.
Ela já superou? Como assim?
-Por que não me disse isso antes? -Perguntei indignada.
-Não consegui. -Ela falou.
-Como assim não conseguiu? Porra, , sou sua melhor amiga! Por que me escondeu isso? Eu podia ter te ajudado!
-Não! Não podia, o que você ia fazer se soubesse? Você me ajudou não sabendo. Por que acha que eu vim pra cá? Por causa de um cursinho que eu podia ter feito lá? Não! Eu vim por que minha melhor amiga estava aqui!
-E eu te deixei sozinha por tanto tempo. -Eu passei a mão nos cabelos. Lembrando-me que sempre que queria sair eu dizia que não dava. Ela superou tudo sozinha. Sem mim.
Que péssima amiga eu sou.
Eu me detesto!
-Não se culpe assim, . Eu estou bem.
-Eu te amo. -Falo e a abraço. Como se isso fosse adiantar pra muita coisa depois de tudo.
-Também te amo.
-Nunca mais vou te deixar. -Digo.
-Eu espero. -Ela diz e sorri. Então nos soltamos.

Capítulo 32 - I just love you
Narrado por

I leave my heart when I leave her
Eu deixo o meu coração quando a deixo The days go on forever and the nights do too
Os dias prosseguem eternamente e as noites também
Uma semana se passou desde o dia que liguei para ela pela última vez. Não sei como mas sonho com ela todas as noites. Eu não posso deixar que isso me consuma.
Já fiquei com outras garotas, até mesmo na frente dela e é errado eu sei. Acontece que a respeito à ela eu sempre faço burrada! Eu não sei mais o que fazer sobre ela. Nunca pensei que o ser-humano pudesse sentir algo tão forte.
E ela? Ela nem olha mais na minha cara. E, sejamos sinceros, tenho minhas dúvidas. Sei que ela não é assim mas há algo entre Gabriel e ela ou entre Thiago e ela. Eu sei. Ambos gostam dela, como não gostariam? E isso só faz com que eu cometa mais burradas ainda.
Segunda-Feira
Estavávamos esperando os professores entrarem nas salas de aula. Alguns alunos ainda estavam fora da sala, assim como eu e Ela. Não consigo tirar meus olhos daquela garota que está rindo junto com... Thiago!
-Oi, gato. -Diz uma garota loira. Oh, é a Julie. Fiquei com ela em uma festa á dois dias.
Olho para rindo. Ela acaba de olhar para onde estou.
Não respondo Julie com palavras apenas puxo-a pelo braço e a beijo. Não sinto nada. Nada comparado ao que eu sentia com Ela.
E então Julie bate seu ombro com força no meu braço e logo em seguida sinto alguém encostando fortemente no meu ombro e sei que passou por nós com o seu jeito irritada. Oh ela fica ão linda irritada.
Foca, . Foca. -, espera aí! -Chama Thiago e sai correndo atrás dela. Solto-me de Julie e saio correndo atrás deles.
Ela foi para o banheiro.
Gruno frustrado.
-Você...É muito sem noção. -Thiago virou-se para mim.
-Eu o quê? -Pergunto indignado.
-Você é ridículo! Será que não percebe o que faz com ela? Você á machuca cada dia mais e não suporta que ela esteja feliz com outra pessoa. Ms ela tenta superar, . E ainda tem a Ronnie. Ela tem passado por muita coisa e você em vez de ajudar por tudo o que vocês tiveram você só a prejudica ainda mais. -Disursou.
Puta merda!
E então sai do banheiro com as mãos cerradas. Ela estava claramente irritada.
E ela ri.
-Thaigo. -Ela diz, suavemente. -Meu mundo não gira entorno dele. Agora se eu estou irritada, triste ou se quero sair para me divertir é por causa dele? -Ela franzia a testa olhando para ele.
Dele, ele... Beleza, eu não sou mais nada pra ela, então?
-Então por que saiu correndo pro banheiro? -Pergunta Thiago.
-Meu Deus! -Ela joga as mãos pro alto, em rendição. -Eu podia ter ficado naqueles dias. Agora até isso é baseado no que faz ou não? A vida é dele se ele quiser levar quantas vadias forem para a cama.... O problema é dele! -Ela ainda não olhava pra mim.
Pra cama
? Quem ela acha que eu sou? -Como assim, pra cama, ? -E então ela me olha.
-Você entendeu. -É o que ela diz. Mas conhecendo-a do jeito que eu conheço pude perceber seu olhar distante. -Precisamos ir para a aula. -Ela diz já passando reto por mim mas eu seguro seu pulso.
-O que foi agora? -Ela pergunta irritada.
-Eu.. -Eu gruno. -Nada. -E a solto.
-Oi, amor. -Diz Rebecca incrívelmente nojentinha quando me vê. Leia-se: havia dado uns dois passos.
Se tem como ficar pior, que venha logo de uma vez.
-Oi, Becky. -Ah, não. Acabei de chamá-la pelo apelido ''carinhoso'' perto da .
Burro! Idiota! Só faço cagada!
Fui para a aula. De história. Não prestei atenção em nada, quer aula mais chata que essa?

Becky, Becky. Argh. Ele que fique com a vadia da Becky e mais sei lá quantas. E ainda o cretino tem a capacidade de me puxar pelo braço pra falar o que.... NADA! Além de idiota não tem atitude!
Aula de Português pra tentar aliviar o stress que aquele... Nem vale a pena, me fez passar. Mas graças ao bom Deus, Thiago está comigo.
-E aí, anjo. Tudo bem contigo? -Ele me pergunta quando saio na hora do intervalo.
-Aham. -Concordo.

Anjo? Quem foi que deu o direito daquele ridículo do Thiago chamar a... Chamar a de anjo?

-Oi, você é a tal , ex do , né? -Perguntou uma loura oxigenada com a raiz do cabelo na cor castanha e o resto loiro. Não mereço!!!
-Não, querida. Eu sou eu. -Falo com uma meiguice irônica.
Ela riu sarcástica.
-Você é burra de mais pra deixar um homem daqueles por causa de uma amiga que está quase doente. -Pronto, falou dos meus é pra quebrar a pau!
-Repete isso de novo, Vadia! -Falo grossa.

Capítulo 33 - Fight
-Ui, se estressou? -Ela riu irônica. -Quem não sabe que ela vai morrer? -E então eu dei um tapa na cara dela, com toda a minha raiva que minha mão ficou marcada em seu rosto.
Ela fez um barulho de surpresa.
-Vadia! -Ela veio se agarrando a mim, mas eu sai, dei a volta e a puxei pelos cabelos.
-Olha quem fala. Porque não vai dar uma voltinha na esquina! -Falo puxando seu cabelo com mais força.
Ela consegue se soltar de mim e me dar um tapa na cara.
-Eu vou... -E alguém me pegou pela cintura, erguendo-me do chão. Thiago.
E segurou a vadia.
-Letícia, para. -Ele manda.
-Eu vou quebrar a cara dessa vaca! -Ela falou se debatendo.
-Cala a boca, piranha! -Falo contendo-me.
-Thiago, tira a daqui. - pede um pouco manso demais.
-Sim. -Thiago concordou.
Eu gruno e deixo que Thiago me leve.
-Merda! -Falo.
-Que raios foi aquilo? -Perguntou-me.
-Você não viu?! -Perguntei em forma de exclamação.
-Vi só depois, quando te segurei. Tava de olho em um sanduíche cheio de maionese. E a propósito, você me deve ele pois dei para o primeiro que vi quando fui te segurar.
-Beleza. Um sanduíche vale mais sua atenção que a minha. -Fiz beicinho.
-Puta merda! Para com isso. -Reclama.
-Por que? -Interrogo-o.
-Porque me dá vontade de te beijar. -Ele fala. -Opa. -Ele diz depois que percebe o que falou. Olho-o sem reação, talvez espantada.
-Thiago...-Eu começo, e paro.
-Tá tranquilo. -Ele diz.
-Não... Eu.. -Porra, o que eu vou dizer?
-Está tudo bem, . -Ele murmura. Eu gruno e o beijo. Eu o beijo! E ele retribui carinhosamente com as mãos em meu rosto enquanto as minhas vão para sua cintura e...
E então alguém limpa a garganta ao nosso lado. Separamos-nos e olhamos.
Tinha que ser, né?
Não, tinha que ser.
.
Ri irônica e revirei os olhos, virando a cabeça para o lado e olhando para o chão.
-Vim pedir desculpas pela Letícia. -Ele falou. -Desculpa se atrapalho. -Ele diz com um tom de voz muito firme pro meu gosto.
-Ah propósito, falando nisso: Manda aquela sua vadiazinha ficar longe de mim. -Digo olhando-o seriamente.
-Ela não é... -Ele se interrompeu.
-Vadia? Ah, é sim... Aliás, você tem uma lista de quantas? Devo me preocupar se todas elas resolverem vir atrás de mim que nem aquela? -Cruzei os braços.
-Você está arranhada.. -Ele se aproxima com a mão estendida para tocar o machucado que até então eu não tinha sentido. Dou um passo para trás quando ele me toca. Ele percebe o que fez e se afasta, também.
-Deve ter sido a unha postiça daquela... -Pauso e respiro profundamente. -Aliás, você não respondeu minha pergunta. -Ele para e pensa por um segundo.
-Eu não sei... Não sei porque ela foi até você. -Confessa.
-Eu também não, e nem sei porque colocou a Ronnie no meio. Mas se ela vier pra cima de mim de novo eu nem sei o que sou capaz de fazer! -Falo irritada. Nunca fui de violência, o que está acontecendo comigo?
-Eu sei. -Thiago e murmuram. Fico pasma e olho com a testa franzida para os dois, além de estar confusa. Solto um suspiro e nesse momento bate o sinal.
-Amém. -Eu digo dando as costas para eles.
Porque beijei o Thiago?
Foi o que ficou na minha cabeça a aula toda até tocar o sinal e irmos embora.
-Você vai com quem? -Pergunta Thiago, na saída.
-Eu.. Ahn.. -Interrompem-me.
-! -Chama-me Gabriel, sorrindo.
-Ooi! -Sorrio. Ele vem até mim e nos abraçamos
-Oi, Gabbe! -Sorrio de canto a canto. Gabriel veio se tornando um grande amigo, daqueles que você não consegue largar. Ele me entende quase mais do que a , mas por favor não digam isso à ela. -Você vai pra minha casa, hoje? -Pergunto esperançosa, quero falar com ele sobre hoje.
-Vou. -Ele se afasta de mim e me olha. -O que é isso no seu rosto, ? -Ele pergunta bravo.
-Te conto no caminho, vamos? -Pergunto.
-Tá, vamos. -Ele responde, eu viro e dou um beijo no rosto de Thiago. Murmuro um 'tchau' e saio.

Capítulo 34- My best friend brother

-O.k, agora fala. -Ele diz quando entra no carro e se senta ao meu lado, colocando o cinto. Algo que eu já tinha feito.
-Eu briguei. -Falei.
-Como assim, brigou? -Ele falou pra mim enquanto dava a partida no carro.
-Uma garota veio falando comigo, me chamando de 'ex do ' e não sei o que, que não o largaria pra cuidar de uma garota que vai acabar morta e... -E aí a minha voz ficou embargada porque eu sei que é verdade. Ronnie tem um mês de vida, e olhe lá.
-Ô, princesa. -Ele colocou uma das mãos atrás de mim me puxando para ele enquanto dirigia. Deixei umas lágrimas escorrerem.
-Foca no trânsito. Gabbe. -Falei rindo com o nariz.

Em pouco tempo chegamos no meu apartamento, passamos pela cozinha e chegamos na sala. Larguei minha mochila no chão ao lado do sofá.
-Sinta-se á vontade. Babe. Mi casa is su casa. -Falo sorrindo e acabamos rindo. Corro para o banheiro.
Uau, tem realmente um belo arranhão em baixo do meu olho direito. Parece que caí de cara no chão com lage. Isso, ótima desculpa para dar à . Porque, afinal, ela iria surtar. Ela diz e repete mil vezes que não devemos nos rebaixar ao nível das vadias. Quando alguém a xinga e eu pergunto: Você vai deixar assim? ela simplesmente diz: Temos que dar a cara a tapa. Bateu de um lado, bate do outro. Não vou me rebaixar a tal nível. e ela ficaria muito decepcionada e até mesmo brava comigo.
Saio do banheiro e Gabriel está com um saquinho cheio de gelo na mão.
-Acho melhor colocar isso no rosto. -Ele diz se aproximando de mim.
-Você lê meus pensamentos. -Sorrio quando ele se aproxima mais e coloca o saquinho com gelo em baixo do meu olho.
-Há quanto tempo, né princesa? -Ele sorri. Sinto meu coração pular e meu corpo esquentar. Ele estava muito próximo.
Assinto e vou para o sofá. Sento-me e ele senta-se ao meu lado. Ligo a tv e olho para ele, colocando minha perna direita dobrada em cima do sofá, para o lado dele.
-Beijei o Thiago hoje. -Falo rápido. Ele não tem expressão nenhuma. Preciso da ajuda dele, porque ele não diz nada! -Fala algo, por favor. -Peço.
-Por quê? -Pergunta ele.
-Por que eu beijei ele ou porque eu quero que você fale algo? -Pergunto franzindo a testa.
-Os dois. -Ele responde um pouco duro.
-Porque só você me entende, é meu melhor amigo e eu preciso da sua ajuda. Por que eu beijei ele? Eu não sei. Ele disse que tinha vontade de me beijar, fiquei sem reação e ele ficou dizendo 'tudo bem', 'tudo bem', tipo: tudo bem não sentir o que sinto por você. E, caramba! Eu não gosto de ver ninguém triste e ele estava com a cara triste e isso mexe comigo. -Gruno. -Eu não sei o que eu faço, por favor. -Ele me puxou pra ele e eu fiquei em uma posição bem ruim com a cabeça em seu pescoço.
-Ai. Espera. -Eu disse e me soltei dele, coloco o saquinho de gelo em cima da mesa de centro -É, nós arrumamos toda a sala! -E me sentei ao lado dele o mais próxima que conseguia e coloquei o rosto em seu peito, abraçando sua cintura.
Ele riu e colocou suas mãos por baixo das minhas pernas. Fiquei confusa e até com medo na hora, mas ele só me colocou entada em seu colo. Ficou bem mais confortável.
-Pode me contar tudo, sempre. -Ele falou e depositou um beijo no topo da minha cabeça.
-Obrigada.
-Eu não vou te deixar nunca mais, anjo. Já te perdi por tempo de mais.
Respiro fundo.
-Você nunca me perdeu, tanto que estamos aqui.
Ele me virou de frente pra ele e deu um beijo em minha bochecha.
Eu não sei no que isso vai dar. Não quero fazer burrada e perde-lo. Não quero que aconteça o que aconteceu com .
-Heeeey! - chegou gritando. Minha heroína!
Ela chega na sala e nos olha espantada.
-Mas que merda está acontecendo aqui? -Ela meio que grita, brava, interrogativa. Sei lá.
Eu e Gabriel nos olhamos olhamos para baixo, na posição que estavamos. Putz! Virei-me e me sentei no sofá com um pulo.
Ai.
Percebo pela primeira vez que filme estava dando: A hora da escuridão.
-Aaaaaah, eu amo esse filme! -Gritei e me atirei de joelhos no chão, na frente da mesa de centro, pegando o controle da tv e aumentando o volume. Levantei-me e olhei para .
-Nada, Agora Shhh, quero ver o filme.
-Que raios é isso no seu rosto! -Ela gritou correndo até mim. Qual era a desculpa mesmo?
-Eu cai de cara no chão. -Dei de ombros. -Posso escutar o filme? -Pergunto querendo me livrar das próximas perguntas dela.
-Você já viu esse filme trezentas vezes e não se importou em estar quase... Arg... Com ele... -Ela olhou para Gabriel.
-Não ia acontecer nada! -Falei envergonhada e exaltada. E se acontecesse, por que ela tinha que se meter?
-Não foi o que eu vi. -Ela disse de má vontade. -E não minta pra mim, essa machucado foi de unha. Eu reconheço!
-Não, eu... -Ela me interrompeu.
-Vai continuar mentindo? Desde quando você mente pra mim? Só porque esse cara apareceu na sua vida agora você me deixa? Eu sempre fui sua amiga. Eu te ajudei quando ele te deixou mal!
Coloco a mão na testa, sem saber o que fazer. E logo tiro e saio correndo para o quarto. Tranquei a porta e comecei a chorar.

Cinco minutos se passaram, ou foi isso que pareceu. E alguém começou a bater na porta.
-Anjo, sou eu. -Diz Gabriel.
Vou até a porta e a destranco.
-O que foi? -Pergunto com uma voz meiga e embargada.
ele entra no quarto e tranca a porta.
-A também está chorando. -Ele diz passando a mão embaixo do meus olhos e secando as lágrimas. Eu parecia uma criança, ali, perto dele, chorando enquanto ele secava minhas lágrimas. Mas provavelmente crianças não fazem o que aconteceu depois.
Gabriel passou a mão embaixo do meu olho machucado e eu meio que gemi entre os dentes enquanto o ar passava.
-Está ardendo? -Ele perguntou baixinho.
-Com o sal das lágrimas, sim. -Eu disse, com a mesma vozinha.
Gabriel beijou o machucado e eu puxei o ar.Era tão bom e tão estranho ter ele tão próximo. Ergui o rosto pra cima deixando ele descer os beijos pelo meu rosto. E então virei meu rosto de encontro a sua boca. Nossos lábios se encontraram e se abriram juntos enquanto nos beijávamos sem língua. Um beijo calmo e bom. O beijo que eu esperei quando gostava dele há anos atrás.
-Não... Não podemos. -Falei procurando ar. Ele concordou com a cabeça.
-Fala com ela. -Ele disse apontando a porta com a cabeça e foi indo em direção a ela. Assenti e saímos do quarto.
-. -Chamei-a. Ela estava sentada no chão, com os joelhos juntos ao peito, as mãos encostadas no joelho e a cabeça nelas. Ela me olhou e secou as lágrimas com o braço.
-Eu... Vou embora. -Disse gabriel. -Se acertem. -Ele disse, veio até mim. Me deu um beijo na testa enquanto eu murmurava um 'tchau' e saiu.


Capítulo 35 - Always Together
Quando coisas ruins acontecem, você tem que ter alguém em quem se apoiar e sempre foi assim. Ela sempre me ajudou e agora não seria diferente. Obviamente nós fizemos as pazes, conversamos e fomos assistir The Vampire Diaries. Uma Delena e uma Stelena, imaginem só a cena.
Uma semana se passou depois disso e eu e Gabriel começamos a ter uma... Bem, 'amizade colorida'. Ele ia na escola me buscar todos os dias e era sempre muito fofo comigo. não gostou muito, mas o que ela podia fazer? Ela está tentando ser mais legal com ele e eu a agradecia por isso. Essa semana eu passei com Gabriel, e Ronnie. Finalmente estava sem provas na escola e hoje vamos levar Ronnie para a praia. Conversei com a mãe dela e falamos com os médicos, eles liberaram.
Ela está tão feliz, não para de sorrir. Ela gosta de Gabriel, mas diz que prefere que eu fique com . Ela e vivem falando sobre isso ultimamente. Elas estão próximas e isso me faz bem.
Estamos no carro de Gabriel. Eu, e ele. Os pais de Ronnie estão levando ela no carro da frente.
Nós descemos do carro ao chegar e colocam Ronnie sentada na beira da quadra enrolada em uma coberta. Nós sentamos perto dela e começamos a conversar, contar piadas. E então começa a falar: -Sabe, acho que a devia tomar um banho de mar, não acham? Ela deu a ideia. -Ela falou com um sorriso sapeca no rosto.
-Você sabe que eu não curto muito, . -Digo.
-Ahhh, vai .
-Ronnie! -Adivirto-a. Não poderia negar algo que ela queira.
-! ! ! -Elas começaram a cantarolar e a bater palmas. Eu estava usando a parte de cima do biquíni rosa e um shorts jeans metade claro e metade escuro, curto. Gabriel riu, se levantou, me pegou no colo e saiu correndo comigo para o mar. Eu não sabia se ria ou gritava, tenho pavor de ficar sem meus pés no chão. E então ele me colocou no mar e a água estava muito gelada e o filho da mãe ainda jogou água em mim.
-Gabriel! -Eu gritei colocando a mão em minha frente. Como se fosse impedir algo.
-Para! -Eu gritei e saí correndo, ou quase isso, no mar enquanto ele tocava água em mim e ria. E então eu parei e joguei água nele que riu alto.
-Você não presta, Wilchet. -Digo. E então ele me pega no colo novamente e me beija. Ouço as garotas batendo palmas e dizendo 'Uuuh' mesmo elas querendo que eu fique com o outro. Paramos de nos beijar e eu sorrio, eão me viro para as garotas e vejo olhando para nós. Ele estava em pé ao lado das garotas. Eu e Gabriel saímos da água e vou correndo até as garotas.
-Satisfeitas? Agora estou toda molhada! -Reclamo e me sento no chão, em cima de uma canga. -E aí, , como soube que estaríamos aqui? -Pergunto. Estava com as pernas cruzadas. Gabriel se senta no chão, de frente para o mar, enquanto eu era a única que estava de costas para ele, digo, para o mar.
-Você veio para a praia, querida. Tem que se molhar. E, ah, eu e Ronnie mandamos mensagem para o . Afinal, ele é nosso amigo também.
Beleza, elas tinham um complo contra mim.
-Gabbe. -Chamo-o.
-Que foi, anjo? -Ele pergunta olhando para mim.
-Me alcança o livro? -Falo estendendo o braço na direção da minha bolsa de pano que estava ao lado dele.
-Qual dos três? Pra quê você trouxe três livros, !
-Eu estou lendo os três, oras. -Dou de ombros.
-Os três?! -Ele pergunta e exclama ao mesmo tempo.
-É, ela tem essa mania mesmo. Ela lê um pela internet do celular, um ela lê entre uma leitura e outra, e o outro ela lê normal. -Explica .
-É, alcança O Mundo de Sofia, que eu vou ler agora. -Peço e então me lembro que ele está com as mãos sujas. Assim que ele move a mão para pegar o livro eu grito: -Não! Sai, tira a mão. -E saio correndo. Ele para e fica me encarando com uma cara meio que o que eu fiz agora?. Pego uma toalha, limpo minhas mãos e olho para ele depois de pegar o livro, passar a mão na capa para eliminar qualquer poeira e digo: -Você estava com as mãos sujas. -Reviro os olhos e volto a me sentar. Dessa vez de frente para o mar. Posso sentir ele sorrindo atrás de mim.

passou a tarde conosco, comemos sorvete e até mesmo a Ronnie entrou na água. Foi muito bom, para nós e para ela. Agora ela teria que viver cada dia como se fosse o último, porque mais cedo ou mais tarde seria. Mas estaríamos sempre juntos.
Depois quando voltamos, Gabriel foi para meu apartamento e ficamos comendo pipoca assistindo filme. Eu, ele e . E então ele foi embora.
No dia seguinte fomes visitar a Ronnie, apenas eu e . Ela havia ido para a casa, seus pais alugaram uma por ali.
-Hei, vocês duas estão de complo contra mim e Gabriel? -Pergunto assim que entro no quarto e vejo Ronnie.
-Não. -As duas falam juntas.
-Ha, estão sim. Por quê? -Questiono.
-Olha, não me leve a mal. Eu adoro o Gabriel, mas você e o são.. É épico.
-Nós terminamos. Ele terminou comigo, isso vocês tem que entender. -Digo.
-Vocês se amam. Isso é o que vocês devem entender.
-Quem que devem entender que se amam? -Ouvimos umas voz masculina e totalmente reconhecível. Era ele.
.
-Você e a ! -Diz Ronnie e sorriu cumplice. Elas fizeram um hi-5 e eu me senti incomodada.
-Ah. -Ele diz, sentando-se 'relaxadamente' em uma cadeira.
-Mas não querem admitir e preferem ficar com qualquer um. -Diz .
-Gabriel não é qualquer um. -Eu digo cruzando os braços. -E encerramos o assunto por aqui.
-Não! -Elas disseram juntas.
-Mas que merda! -Exclamo.
-Você e o Gabriel nem namorar namoram, por que então não assumem logo? É por causa do , só pode! -Insiste Ronnie.
-Eu estou aqui, sabiam? -Pergunta .
-É pra você ouvir. -Responde Ronnie.
-É por causa do Thiago! -Eu exclamo e Ronnie me olha.
-O que é que tem o Thiago, ? -Ela interroga, meio que exclamando.
-Ele... -Eu pauso, como é que eu vou explicar? -A gente... -Eu pauso de novo. -A gente meio que se beijou. -Digo por fim. Ronnie abre a boca.
-Meio que se beijaram? Vocês podiam ter alugado um quarto! -Diz revirando os olhos e cruzando os braços.
-Cale a boca! -Eu pego uma almofada da cama de Ronnie e toco nele. Pega em sua barriga. -Não exagere! Eu não sou você! -Exclamo.
-Eu? -Ele interroga, levantando uma sobrancelha.
-Eu bem vi você e a Sabrina quase se engolindo. -Coloco a língua pra fora com nojo. Ronnie olha para ele, boquiaberta.
-Você não tem vergonha, não, ? -Questiona ela. -Meu Deus, mas vocês dois tão que tão, ein? Por favor, fiquem juntos e parem de acabar com suas vidas. -Ela faz sinal de negação com a cabeça. -Vocês só estão perdendo tempo.
E depois disso tudo fica em silêncio. Ronnie estaria certa afinal? Mas e Gabriel? Eu sinto algo por ele, só não sei oquê.

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